Arquivos de Gastroenterologia (Mar 2008)
Duplex sonography study in schistosomiasis portal hypertension: characterization of patients with and without a history of variceal bleeding Dopplerfluxometria portal na esquistossomose hepatoesplênica com e sem antecedentes de hemorragia por varizes esofágicas
Abstract
BACKGROUND: Presinusoidal portal hypertension with frequent episodes of upper gastrointestinal variceal bleeding are hallmarks of hepatosplenic Manson’s schistosomiasis; a clinical form that affects about 5% of Brazilians who are infected by Schistosoma mansoni. AIMS: To evaluate duplex sonography findings in patients with hepatosplenic Manson’s schistosomiasis with and without upper gastrointestinal variceal hemorrhage. METHODS: A cross-sectional study was performed whereby 27 consecutive patients with hepatosplenic Manson’s schistosomiasis were divided into two groups: group I (six men and six women; mean age 48.7 years) with a past history of bleeding and group II (four men and eight women; mean age 44.7 years) without a past history of upper gastrointestinal bleeding, underwent duplex sonography examination. All patients underwent the same upper gastrointestinal endoscopy and laboratory examinations. Those with signs of mixed chronic liver disease or portal vein thrombosis (three cases) were excluded. RESULTS: Group I showed significantly higher mean portal vein flow velocity than group II (26.36 cm/s vs 17.15 cm/sec). Although, as a whole it was not significant in all forms of collateral vessels (83% vs 100%), there was a significantly higher frequency of splenorenal collateral circulation type in group II compared with group I (17% vs 67%). The congestion index of the portal vein was significantly lower in group I than in group II (0.057 cm vs 0.073 cm/sec). CONCLUSION: Our duplex sonography findings in hepatosplenic Manson’s schistosomiasis support the idea that schistosomotic portal hypertension is strongly influenced by overflow status, and that collateral circulation seems to play an important role in hemodynamic behavior.RACIONAL: Hipertensão portal pré-sinusoidal com freqüentes episódios de hemorragia digestiva alta são aspectos característicos da esquistossomose hepatoesplênica, forma clínica que acomete cerca de 5% dos brasileiros com esquistossomose mansônica. OBJETIVO: Avaliar parâmetros ultra-sonográficos (modo-B e Doppler) nos hepatoesplênicos com e sem antecedentes de hemorragia digestiva. MÉTODOS: Estudo descritivo-transversal com 27 pacientes consecutivos com esquistossomose hepatoesplênica: 12 com passado de hemorragia digestiva alta (média de idade de 48,7 anos - grupo I) e 12 sem antecedentes de hemorragia digestiva alta (média de idade de 44,7 anos - grupo II). Todos foram igualmente submetidos a testes laboratoriais e endoscopia digestiva alta. Foram excluídos os doentes com hepatopatia mista e/ou trombose (três casos) ou transformação cavernosa da veia porta. RESULTADOS: O grupo I apresentou aumento significante da média de velocidade de fluxo na veia porta que o grupo II (26.36 cm/s vs 17.15 cm/s). Embora estatisticamente não significante considerando todos os tipos (100% vs 83%), houve maior freqüência de circulação colateral do tipo esplenorenal no grupo II (67% vs 17%), assim como o índice de congestão portal foi significantemente menor (0.057 vs 0.073 cm x sec) no grupo I que no grupo II. CONCLUSÃO: Os achados de dopplerfluxometria em esquistossomose hepatoesplênica sugerem que a hipertensão portal esquistossomótica é fortemente influenciada pelo hiperfluxo e a circulação colateral secundária exerce importante papel no equilíbrio hemodinâmico nestes pacientes.
Keywords