Brazilian Journal of Psychiatry (Jun 2012)
Depressive symptoms in HIV-infected patients treated with highly active antiretroviral therapy Sintomas depressivos em pacientes infectados pelo HIV tratados por terapia antiretroviral altamente ativa
Abstract
INTRODUCTION: The prevalence of depressive disorders in HIV-infected patients ranges from 12% to 66% and is undiagnosed in 50% to 60% of these patients. Depression in HIV-infected individuals may be associated with poor antiretroviral treatment (ART) outcomes, since it may direct influence compliance. OBJECTIVE: To assess the presence of symptoms and risk factors for depression in patients on ART. METHODS: Cross-sectional study. Certified interviewers administered questionnaires and the Beck Depression Inventory (BDI), and participants' self-reported compliance to ART. Clinical and laboratory variables were obtained from clinical records. Patients with BDI > 12 were defined as depressed. RESULTS Out of the 250 patients invited to participate, 246 (98%) consented. Mean age was 41 ± 9.9 years; most were male (63%). Income ranged from 0-14 Brazilian minimum wages. AIDS (CDC stage C) had been diagnosed in 97%, and 81% were in stable immune status. One hundred ninety-one (78%) reported compliance, and 161 (68%) had undetectable viral loads. The prevalence of depressive symptoms was 32% (95% CI 26-40). In multivariate analysis, depressive symptoms were significantly associated with income (prevalence ratio [PR] = 0.85; 95% CI 0.74-0.97; p = 0.02). CONCLUSIONS: Depressive symptoms are frequent in patients on ART, and are associated with low income.INTRODUÇÃO:A prevalência de transtornos depressivos em pacientes infectados pelo HIV varia de 12% a 66% e não é diagnosticada em 50% a 60% desses pacientes. A depressão em indivíduos HIV positivo pode se associar a resultados fracos do tratamento antirretroviral (TAR) porque pode influenciar diretamente a aderência ao regime. OBJETIVO: Avaliar a presença de sintomas e de fatores de risco de depressão em pacientes em TAR. MÉTODOS: Estudo em corte transverso. Entrevistadores certificados administraram questionários e o Beck Depression Inventory (BDI), e os participantes fizeram o autorrelato da aderência ao TAR. Variáveis clínicas e laboratoriais foram obtidas dos prontuários clínicos. Os pacientes com escore ao BDI > 12 foram definidos como deprimidos. RESULTADOS: Dos 250 pacientes convidados a participar, 246 (98%) concordaram. A média de idade foi de 41 ± 9,9 anos; a maioria dos pacientes era do sexo masculino (63%). A renda variou de 0-14 salários mínimos brasileiros. A AIDS (estágio C dos CDC) havia sido diagnosticada em 97% e 81% estavam em estado imune estável. Dos pacientes, 191 (78%) relataram aderência e 161 (68%) tinham carga viral não detectável. A prevalência dos sintomas depressivos foi de 32% (IC 95% 26-40). Em análise multivariada, os sintomas depressivos se associaram significativamente à renda (razão de prevalência [RP] = 0,85, IC 95% 0,74-0,97; p = 0,02). CONCLUSÕES: Os sintomas depressivos são frequentes em pacientes em TAR e se associam a uma renda baixa.
Keywords