RevSALUS (Jul 2023)

Conhecimento dos cuidadores de crianças em relação ao esquema recomendado pelo MISAU para a introdução da alimentação complementar em crianças menores de dois anos de idade, Maputo

  • Érica Manuel,
  • Francisco Mbofana,
  • Gerito Augusto,
  • Alexandre Manguele

DOI
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.604
Journal volume & issue
Vol. 5, no. Sup

Abstract

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Introdução: O conhecimento influencia o comportamento do ser humano. A falta de conhecimentos dos cuidadores de crianças sobre a alimentação complementar em crianças menores de 2 anos de idade, pode levar a atitudes e práticas inadequadas em relação a introdução dos alimentos nesta fase de vida (Berisha et al., 2017). Em Moçambique, os riscos comportamentais são a primeira causa para o surgimento da desnutrição em todas as fases da vida (IHME, 2023). De acordo com MISAU (2011), as recomendações para introdução da alimentação complementar deve seguir um determinado o esquema, respeitando a idade da criança. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos cuidadores de crianças em relação ao esquema determinado pelo MISAU para a introdução da alimentação complementar em crianças menores de dois anos de idade. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, e com abordagem quantitativa, realizado nos Centros de Saúde do Distrito Municipal Kamaxaquene. Participaram do estudo 325 cuidadores de crianças menores de 2 anos. Para a recolha de dados recorreu-se a questionário estruturado. A análise de dados foi feita usando o programa estatístico SPSS. Resultados: Perto de dois terços (64%) dos respondentes mostraram conhecer o período adequado para oferecer os alimentos complementares, sendo recomendado que seja a partir do 6º mês de vida. Cerca de 5% dos cuidadores referiram que se deve oferecer os alimentos complementares logo após a nascença. Aproximadamente 68% afirmaram que o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) deve ser feito entre 0-6 meses, enquanto 18% reportaram que o AME deve ser feito até aos 4 meses de vida. Mais de 69% dos respondentes afirmaram conhecer os alimentos que devem ser introduzidos aos 6-7 meses, tendo os participantes identificado de forma correta. Para os meses seguintes, foram menos os respondentes que acertaram nos alimentos a introduzir: 8-9 meses (27%), 10-11 meses (11%) e 12-24 meses (36%). E, somente 7% mostrou conhecimento sobre a alimentação de crianças com mais de 24 meses. Conclusões: Quanto ao esquema recomendado pelo MISAU para a introdução dos alimentos complementares, notou-se que os respondentes não conhecem o mesmo de forma detalhada e que se deve trabalhar na educação alimentar e nutricional.

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