Revista Brasileira de Epidemiologia (Feb 2019)

Idosos não japoneses, japoneses e descendentes de japoneses no Estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento: condições funcionais e de saúde

  • Tamara Nogueira Petroni,
  • Daniella Pires Nunes,
  • Yeda Aparecida de Oliveira Duarte,
  • Helena Akemi Wada Watanabe,
  • Maria Lúcia Lebrão

DOI
https://doi.org/10.1590/1980-549720180005.supl.2
Journal volume & issue
Vol. 21, no. suppl 2

Abstract

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RESUMO: Introdução: A cidade de São Paulo conta com a maior comunidade de descendentes japoneses fora do Japão. Objetivos: Comparar as condições demográficas, econômicas, funcionais e de saúde de idosos não japoneses, japoneses e descendentes de japoneses, bem como analisar comparativamente as condições funcionais e de saúde de idosos nascidos no Japão e de seus descendentes nascidos no Brasil. Métodos: Estudo transversal realizado no município de São Paulo, no ano de 2010, com 1.345 idosos (≥ 60 anos) participantes do Estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE). Os idosos foram classificados em não japoneses (não nascidos no Japão), japoneses (nascidos no Japão) ou descendentes diretos de japoneses. Para a análise dos dados, utilizou-se o teste do χ2 com correção Rao-Scott. Resultados: Dos 1.345 idosos, 3,3% eram japoneses ou descendentes. Esses se diferenciavam dos não japoneses quanto à escolaridade mais elevada e suficiência de renda. Entre os idosos nascidos no Japão, houve maior proporção de longevos (38,8%), portadores de doenças cardiovasculares (48,9%) e de declínio cognitivo (26,7%). Conclusão: Nota-se que os idosos japoneses/descendentes apresentaram melhor funcionalidade quando comparados aos não japoneses. Já entre japoneses e descendentes, observou-se diferenças no perfil das doenças. Acredita-se que tais resultados possam ser decorrentes das influências culturais.

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