FronteiraZ (Jun 2014)
Dos manifestos à linguagem do teatro: O rei da vela e A morta, de Oswald de Andrade
Abstract
Este artigo objetivaapresentar uma análise interpretativa de dois textos dramatúrgicosrepresentantes do gênero, produzidos por Oswald de Andrade, na perspectivaestética do modernismo brasileiro. O primeiro, O rei da vela, escrito em 1933 e publicado em 1937, tornou-se um marco na produçãoartística brasileira, ao trazer a proposta modernista e as influências dasvanguardas europeias para o teatro, sobretudo ao fazer uma passagem da propostados manifestos modernistas à linguagem do teatro. O segundo, A morta, peçapublicada em 1937, discute os valores datradição e a ressignificação desses a partir do discurso antropofágico,apresentando um diálogo vivo entre o antigo e o moderno. Desse modo, pretende-se aprimorar o entendimento doselementos constituintes da dramaturgia oswaldiana inserida na propostaartístico-social apresentada pelo modernismo brasileiro buscando compreender aformulação e a relevância do conceito de antropofagia cultural apresentado naproposta dramatúrgica do autor e reverberações na contemporaneidade.