Revista de Geociências do Nordeste (Nov 2018)

Implicações das oscilações climáticas do Quaternário tardio na evolução da fisionomia da vegetação do semiárido do Nordeste Setentrional.

  • Alisson Medeiros de Oliveira,
  • Rodrigo Freitas de Amorim,
  • Diógenes Félix da Silva Costa

Journal volume & issue
Vol. 04, no. Especial: I Workshop de Biogeografia Aplicada
pp. 50 – 65

Abstract

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A cobertura vegetal de Caatinga na porção semiárida do Nordeste sententrional do Brasil é fisionomicamente caracterizada por ser arbustiva, com indivíduos espaçados entre si e apresentando um estrato herbáceo bem definido, sendo este estrato vegetal composto por plantas anuais. Devido à intensa alteração da cobertura vegetal, não há fragmentos ou formações vegetais remanescentes pré-colonização, dificultando a iniciativa de inferências acerca de uma fisionomia vegetal da Caatinga antes da chagada dos colonos. No contexto de estudos paleoambientais e dinâmica fisionômica e biogeográfica no Quaternário, a cobertura vegetal da área carece de informações, e aproveitando esta lacuna, este trabalho objetiva realizar uma discussão sobre a evolução paleoambiental para o Nordeste Setentrional. As interpretações das condições paleoambientais do semiárido do Nordeste Setentrional permitem inferir que a fisionomia da Caatinga oscilou entre savanas com condições de manter uma megafauna pleistocênica e fisionomias florestais entre 42 mil anos A.P. e 11.800 anos A.P. Sua atual fisionomia é resultados de ações humanas que começaram no século VXII.

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