Revista de Educação Popular (Dec 2022)

Por uma pedagogia feminista... Até que todas sejamos livres!

  • Isabella Marques de Oliveira,
  • Denise Maria Botelho,
  • Ana Paula Abrahamian de Souza,
  • Cibele Maria Lima Rodrigues

DOI
https://doi.org/10.14393/REP-2022-64796
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 3
pp. 157 – 178

Abstract

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As práticas pedagógicas feministas têm contribuído para a consolidação de movimentos sociais inseridos no campo dos feminismos. Frequentemente, denominadas de “formação”, e integradas com as designadas “pedagogias críticas”, “populares” e “libertadoras”, as pedagogias feministas, compreendidas num sentido genérico, estabelecem-se como eixo central dessas organizações políticas. Em Recife, especificamente, as ativistas da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) têm promovido ações pedagógicas com o objetivo de fortalecer a emancipação e a autonomia das mulheres. É nesse sentido que a presente pesquisa visa compreender as pedagogias feministas desenvolvidas pela MMM. A metodologia aplicada para a construção dos dados deste artigo foi a pesquisa-ação, uma vez que o processo envolveu a participação, a interação e a reflexão das entrevistadas no decorrer da investigação, além de mobilizar autoras já inseridas no campo. Como resultados desta investigação, identificamos que roda de diálogos, bazares, récitas e lambe-lambes são práticas utilizadas pelas ativistas na luta contra o patriarcado e conquista de direitos. Constatamos também um aprimoramento das discussões feministas no movimento, hoje mais qualificadas, não somente pela trajetória de atuação das militantes, mas, sobretudo, pela observância de como o racismo, o capitalismo e o patriarcado têm estruturado a vida das mulheres.

Keywords