Jornal de Pediatria (Dec 2009)

Antibioticoterapia oral versus endovenosa em crianças neutropênicas febris recebendo quimioterapia Oral vs. intravenous empirical antimicrobial therapy in febrile neutropenic patients receiving childhood cancer chemotherapy

  • Ângela Rech Cagol,
  • Cláudio Galvão de Castro Junior,
  • Maria Cristina Martins,
  • Adão Leal Machado,
  • Renato Chagas Ribeiro,
  • Lauro J. Gregianin,
  • Algemir Lunardi Brunetto

DOI
https://doi.org/10.1590/S0021-75572009000600010
Journal volume & issue
Vol. 85, no. 6
pp. 531 – 535

Abstract

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OBJETIVO: Comparar o uso de antibioticoterapia endovenosa versus oral. MÉTODOS: Foram selecionadas todas as crianças e adolescentes neutropênicos com idade inferior a 18 anos classificados como baixo risco para complicações e recebendo quimioterapia. O estudo ocorreu entre 2002 e 2005 na Unidade de Oncologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre (RS). Os pacientes, divididos em grupo A e grupo B, eram randomizados para receber terapia oral ou endovenosa. O tratamento utilizado para o grupo A foi ciprofloxacina e amoxicilina/clavulanato via oral e placebo endovenoso e, para o grupo B, cefepime e placebo oral. RESULTADOS: Foram selecionados 91 episódios consecutivos de neutropenia febril em 58 crianças. Para os pacientes do grupo A, a taxa de falência foi de 51,2% e a média de tempo de hospitalização foi de 8 dias (variação de 2-10). Para os pacientes tratados com antibioticoterapia endovenosa, a taxa de falência foi de 45,8% e a média de tempo de hospitalização foi de 7 dias (variação de 3-10). CONCLUSÃO: Neste estudo não houve diferenças entre a antibioticoterapia oral versus a terapia endovenosa. Estudos randomizados com maior número de pacientes são necessários antes de padronizar a terapêutica oral como tratamento para esta população de pacientes.OBJECTIVE: To compare the use of intravenous vs. oral antibiotic therapy. METHODS: All febrile neutropenic patients younger than 18 years old with low risk of complications and receiving chemotherapy were selected. The study was conducted from 2002 to 2005 at the Pediatric Oncology Unit of Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Brazil. Patients were divided into group A and group B and were randomly assigned to receive oral or intravenous therapy. The empirical antimicrobial treatment used for group A consisted in oral ciprofloxacin plus amoxicillin-clavulanate and intravenous placebo, and group B received cefepime and oral placebo. RESULTS: A total of 91 consecutive episodes of febrile neutropenia in 58 children were included in the study. For patients of group A, treatment failure rate was 51.2%; the mean length of hospital stay was 8 days (range 2-10 days). For patients treated with intravenous antibiotic therapy, treatment failure rate was 45.8%; the mean length of hospital stay was 7 days (range 3-10 days). CONCLUSION: There was no difference in the outcome in oral vs. intravenous therapy. There is need of larger randomized trials before oral empirical therapy administered to this population should be considered the new standard of treatment.

Keywords