Psicologia: Ciência e Profissão ()

Programa de erradicação do trabalho infantil: ações extensionistas e protagonismo

  • Maria de Fátima Pereira Alberto,
  • Romanan Silva Borges,
  • Manuella Castelo Branco Pessoa,
  • Juliana Mendes Lopes de Sousa,
  • Pedro Felipe Moura de Araújo,
  • Rodrigo de Oliveira Feitosa Vaz,
  • Felipe Medeiros de Farias,
  • Leonardo José de Alencar Mendes

DOI
https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000200018
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 2
pp. 516 – 531

Abstract

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Este artigo apresenta uma experiência de extensão desenvolvida por estudantes e professores de Psicologia nos Núcleos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) da cidade de João Pessoa. A extensão objetivava desnaturalizar o trabalho infantil, contribuir para a formação da cidadania, desenvolver o protagonismo e formar profissionais em Psicologia social. O PETI é um programa do Governo Federal que objetiva retirar crianças e adolescentes de 7 a 15 anos e 11 meses de idade do trabalho perigoso, penoso, insalubre ou degradante, e fundamenta-se nos aportes teóricos da história da criança, dos direitos das crianças e adolescentes, do protagonismo juvenil e da educação popular. A metodologia visa à construção conjunta considerando as experiências dos diferentes atores. Utilizamos oficinas de literatura, escrita, música, filmes, fotografia, gibis, desenhos, Estatuto da Criança e do Adolescente, conversas em círculos, jogos e brincadeiras. A experiência conduziu-nos para aspectos que nem mesmo estavam entre os objetivos do trabalho. Percebemos que as crianças e os adolescentes do PETI não se veem como sujeitos de direitos, naturalizam a violência e não acreditam em mudanças, mas apresentam lampejos de resistência, de participação e de ações coletivas.

Keywords