Revista Portuguesa de Pneumologia (Oct 2008)

Erlotinib no tratamento de CPNPC em terceira linha linha. Caso clínico

  • Rui Rolo,
  • Lourdes Iglésias,
  • Lurdes Ferreira,
  • Beatriz Fernandes,
  • Manuel Macedo,
  • João Cunha

Journal volume & issue
Vol. 14
pp. S61 – S64

Abstract

Read online

Resumo: Introdução: O erlotinib está aprovado na terapêutica do CPNPC localmente avançado ou metastizado, após fa-lência de pelo menos um esquema de quimioterapia. Os autores apresentam um caso de CPNPC com melhoria clínica e radiológica significativa após tratamento com er-lotinib, sem toxicidade atribuída ao fármaco. Caso clínico: Mulher de 76 anos, não fumadora, foi-lhe diagnosticada adenocarcinoma do pulmão, na sequência de derrame pleural direito de grande volume, através de toracoscopia. Na altura do diagnóstico apresentava estadiamento IIIB (T4 N1 M0) com derrame pleural maligno. Realizou quimioterapia de primeira e segunda linhas, com gencita-bina+carboplatino e pemetrexed, respectivamente, sem resposta, com progressão da doença, pelo que iniciou erlotinib como terapêutica alternativa, com melhoria clínica e radiológica significativa, estado que mantém após 6 meses de tratamento. Conclusão: Os autores recomendam, mesmo sem resultado de expressão de EGFR, o uso de erlotinib quando existe progressão da doença, após pelo menos um regime de quimioterapia, nomeadamente nos casos de adenocarcinoma e doente não fumador.Rev Port Pneumol 2008; XIV (Supl 3): S61-S63 Abstract: Introduction: Erlotinib is an approved treatment for NSCLC locally advanced or with metastases, after failure of initial chemotherapy. The authors present a NSCLC clinical case of great clinical and imaging improvement, with no drug-induced toxicity observed, after treatment with erlotinib. Case presentation: A 76-year-old woman, never-smoker, had been diagnosed for lung adenocarcinoma, through thoracoscopy, after presenting a large-volume pleural effusion. At the time of diagnosis it was inoperable (stage IIIB – T4 N1 M0). She was submitted to two consecutive chemotherapy treatments with carboplatin+gemcitabin and pemetrexed, respectively. Due to its failure, with lack of response, erlotinib was set as the alternative choice, with great clinical and imaging improvement after 6 months of treatment. Conclusion: The authors recommend, even in the absence of EGFR result, the use of erlotinib when progression of the disease is seen, after initial chemotherapy, especially in lung adenocarcinoma and in never-smokers.Rev Port Pneumol 2008; XIV (Supl 3): S61-S63 Palavras-chave: Erlotinib, cancro pulmão, quimioterapia, Key-words: Erlotinib, lung cancer, chemotherapy