Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Jul 2024)

Diretriz de manejo da febre no contexto do cuidado farmacêutico

  • Alice Paiva da Costa,
  • Ana Paula de Oliveira Barbosa,
  • Bárbara Manuella Cardoso Sodré Alves,
  • Rafael Mota Pinheiro,
  • Laís Bié Pinto Bandeira,
  • Felipe Melo Queiroz,
  • Marcela Mofati Boechat,
  • Nélio Gomes de Moura Junior,
  • Rodrigo Fonseca Lima,
  • Tiago Marques dos Reis,
  • Rafael Santana

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2024.v9.n.3.p.46-59
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 3

Abstract

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Objetivo: Sistematizar, por meio da prática baseada em evidências, o manejo de casos autolimitados de febre no contexto do Cuidado Farmacêutico. Métodos: Para elaboração da diretriz foi adotado o método ADAPTE como processo estruturado de revisão da literatura e construção do documento. Foram ainda utilizadas as ferramentas AGREE II e GRADE para análise dos guias de prática selecionados durante o processo e para categorização das evidências, respectivamente. Resultados: Após elaboração, observou-se que a anamnese farmacêutica é passo importante para confirmar se a febre é apenas um episódio isolado e autolimitado, se está associada a um contexto de “febrefobia” ou se inspira cuidados assistenciais mais intensivos; a duração da febre e sintomas associados, como desidratação, taquicardia persistente, taquipneia, hipertensão, são alguns sinais para encaminhamento. Dentre as medidas não farmacológicas, a ingestão de líquidos é a mais recomendada a fim de evitar desidratação. Além disso, recomendam-se ações de educação em saúde para coibir métodos inadequados de diminuição da temperatura, como banhos gelados ou com álcool, e incentivar práticas adequadas, como manter o paciente em ambiente fresco, aferir corretamente a temperatura e descartar adequadamente termômetros. Em relação ao tratamento farmacológico, deve-se avaliar com atenção a condição clínica do paciente, uma vez que o uso dos antitérmicos é indicado exclusivamente para alívio de sinais de desconforto, dando preferência ao Ibuprofeno e Paracetamol. Conclusão: Apesar de ser um processo fisiológico benéfico, a febre requer cautela em seu manejo, principalmente em relação às populações vulneráveis, como crianças nos primeiros três meses de vida, gestantes, puérperas, idosos e outras pessoas em uso de medicamentos como corticoides, imunossupressores ou em polifarmácia.

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