Jornal Brasileiro de Pneumologia (Aug 2007)

Fístula gastrobrônquica como complicação rara de gastroplastia para obesidade: relato de dois casos Gastrobronchial fistula as a rare complication of gastroplasty for obesity: a report of two cases

  • Josemberg Marins Campos,
  • Luciana Teixeira de Siqueira,
  • Marconi Roberto de Lemos Meira,
  • Álvaro Antônio Bandeira Ferraz,
  • Edmundo Machado Ferraz,
  • Murilo José de Barros Guimarães

DOI
https://doi.org/10.1590/S1806-37132007000400018
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 4
pp. 475 – 479

Abstract

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A fístula gastrobrônquica é uma condição rara como complicação decorrente de cirurgia da obesidade. O seu manejo exige a participação ativa de um pneumologista, o qual deve conhecer alguns aspectos dos principais tipos de cirurgia bariátrica. Neste relato, descrevemos dois casos de pacientes que apresentaram abscessos subfrênico e pulmonar recidivantes secundários a fístula no ângulo de His durante 19,5 meses, em média. Após o insucesso das relaparotomias, a cura foi obtida por meio da antibioticoterapia e, principalmente, por meio da estenostomia e da dilatação endoscópica, além do uso de clipes e cola de fibrina na fístula. Estas complicações pulmonares não devem ser tratadas isoladamente sem uma avaliação gastrintestinal pois isso pode resultar em piora do quadro respiratório, dificultando o manejo anestesiológico durante procedimentos endoscópicos.Gastrobronchial fistula is a rare condition as a complication following bariatric surgery. The management of this condition requires the active participation of a pulmonologist, who should be familiar with aspects of the main types of bariatric surgery. Herein, we report the cases of two patients who presented recurrent subphrenic and lung abscess secondary to fistula at the angle of His for an average of 19.5 months. After relaparotomy was unsuccessful, cure was achieved by antibiotic therapy and, more importantly, by stenostomy and endoscopic dilatation, together with the use of clips and fibrin glue in the fistula. These pulmonary complications should not be treated in isolation without a gastrointestinal evaluation since this can result in worsening of the respiratory condition, thus making anesthetic management difficult during endoscopic procedures.

Keywords