Revista Brasileira de Cancerologia (Oct 2020)

Câncer de Pele e Renda Familiar: um Estudo Ecológico

  • Lara Gonçalves Mesquita,
  • Sihamme Fraxe Diniz,
  • Fernanda Tebaldi Henriques de Queiroz,
  • Laura Artioli de Moraes e Souza,
  • Thaynã Amaral e Siqueira Pavani,
  • Lucas Bonacossa Sant'anna,
  • Maurício de Andrade Pérez,
  • Larissa Karkow Pérez,
  • Carolina Padilha Tavares

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n4.949
Journal volume & issue
Vol. 66, no. 4

Abstract

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Introdução: Recentemente, houve crescimento da incidência do câncer de pele. Radiação solar, história familiar, imunossupressão, pele clara e idade constituem fatores de risco da doença. Objetivo: Correlacionar a mortalidade do câncer de pele com variáveis socioeconômicas. Método: Estudo ecológico, utilizando a planilha de dados da incidência de radiação solar do projeto aquecedor solar de baixo custo (ASBC), e indicadores de condições de vida do Censo de 2010. Os dados foram exportados para o SPSS 14.0, para analisar a correlação (coeficiente de correlação de Spearman), e as variáveis foram comparadas. Resultados: Associações estatisticamente significantes ocorreram entre o coeficiente de mortalidade por câncer maligno de pele com a renda familiar média (r=-0,316, p<0,006) indicando que, quanto maior a renda, menor a mortalidade por neoplasia maligna, ocorrendo o mesmo com a proporção de óbitos evitáveis em menores de 4 anos (r=-0,292, p<0,01) e a proporção de mortes evitáveis entre 5 e 74 anos (r=-0,372, p<0,001). A proporção da população ganhando menos de 1/2 salário-mínimo (r=0,232, p<0,05) indica que, quanto maior a proporção populacional com renda inferior a 1/2 salário-mínimo, maior será a mortalidade por neoplasia maligna, similar à proporção da população ganhando menos de 1/4 de salário-mínimo (r=0,229, p<0,05). Conclusão: Sendo um assunto de saúde pública intimamente relacionado à renda, o câncer de pele ainda carece de ações de prevenção primária e secundária.

Keywords