Revista Espaço Acadêmico (Nov 2020)
Relações interculturais e o trabalho de tradução:
Abstract
Nosso momento histórico é pulverizado por uma malha discursiva que coloca em perspectiva as relações interculturais e a consciência de se observar o diferente no trabalho de tradução. Deste modo, nosso objetivo é analisar o trabalho de tradução intercultural, no que se refere à geografia das relações culturais contemporâneas, e ao local de observação do sujeito que traduz. Trata-se de um ensaio teórico, que articula conceitos dos seguintes autores: ARENDT (2017), BAUMAN (2010, 2012), BORGES (1949), DELEUZE e GUATTARI (1997, 2010), HAN (2017), LAPOUJADE (2017), SANTOS (2002). Primeiramente, descrevemos a tessitura das relações interculturais em nosso momento histórico, empregando, para isto, a metáfora O Alphe, de Borges (1949), para estabelecer a crítica do pano de fundo que expressa os movimentos de observação no trabalho de tradução. Em seguida, retomamos o trabalho de tradução e os processos de subjetivação do sujeito que observa o diferente nas superfícies de contato interculturais, na imanência dos acontecimentos sociais.