Revista Panamericana de Salud Pública (Oct 2020)

Mapeamento das características da implantação de novos cursos de Medicina em universidades federais brasileiras

  • Eliana Goldfarb Cyrino,
  • Mara Regina Lemes de Sordi,
  • Geisa do Socorro Cavalcanti Vaz Mendes,
  • Willian Fernandes Luna,
  • Carolina Siqueira Mendonça,
  • Fabíola Lucy Fronza Alexandre,
  • Walter Vitti Junior,
  • Daniele Cristina Godoy,
  • Luciana Cristina Parenti,
  • Cesar Vinicius Miranda Lopes,
  • Evellin Bezerra da Silva,
  • Maria Silvia Bruni Fruet de Freitas,
  • Mônica Diniz Durães,
  • Monica Padilla

DOI
https://doi.org/10.26633/RPSP.2020.117
Journal volume & issue
Vol. 44, no. 117
pp. 1 – 9

Abstract

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Objetivo. Mapear as características de implantação de novos cursos de Medicina nas universidades federais brasileiras, a partir de 2013. Métodos. Estudo exploratório com metodologia quantitativa e qualitativa. Foi realizado um levantamento das novas escolas de Medicina em universidades federais, com análise dos projetos pedagógicos dos cursos e entrevistas a estudantes, professores e profissionais de serviços de saúde vinculados às escolas de Medicina. Os dados coletados foram analisados quantitativa e qualitativamente. Resultados. Foram identificados 30 novos cursos de Medicina, dos quais 24 foram visitados. Todos os novos cursos se localizam fora dos grandes centros urbanos e capitais, nas cinco macrorregiões brasileiras; são organizados em arranjos formativos diversos, que buscam superar a fragmentação disciplinar com metodologias ativas e avaliação formativa. A rede de saúde é utilizada na formação para enfrentamento dos desafios da integração ensino-serviço-comunidade, com vistas a uma formação crítica e voltada à saúde pública. A criação dos cursos promoveu a interiorização de docentes, embora de forma limitada, e contribuiu para o ingresso de estudantes locais e a criação de residências médicas, expedientes potentes na fixação médica. Conclusões. Observou-se diversidade nas formas da materialidade e aderência ao disposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais de Medicina publicadas em 2014. A construção de modelos de formação médica condizentes com as particularidades locais e com as exigências do Sistema Único de Saúde (SUS) em seu papel de ordenador da formação dos profissionais da saúde pode contribuir para reduzir as desigualdades em saúde.

Keywords