Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal (Oct 2007)

Epidemiology of snakebite in the northwestern region of the state of São Paulo, Brazil Epidemiologia dos acidentes ofídicos na região noroeste do Estado de São Paulo, Brasil

  • Selma Maria Almeida Santos,
  • Claudio Augusto Rojas,
  • Maryanne Raimundo Gonçalves

Journal volume & issue
Vol. 8, no. 3

Abstract

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The epidemiological profile of snakebite in the northwestern region of São Paulo State was based on data available in the department of Vigilância Epidemiológica da Direção Regional de Saúde XXII in São José do Rio Preto. This study proposed to characterize and associate this epidemiological profile with seasonal activities of the snakes. It was registered 479 snakebites from 97 cities of 101 studied, from 1999 to 2004. Snakebites from genus Bothrops accounted for 65.7% of the cases, followed by Crotalus 9.3%, non-venomous snakes 4% and 21% ignored cases. Individuals of the male sex (81%) were the most bitten, with higher incidence on the lower extremity of the body (67.2%). Bites occurred mainly in rural areas (87.1%), during agricultural (56%) or leisure (44%) activities. Period from bite to first aid ranged from 1 to 3 hours (82.8%). 92.7% of the victims were cured, 3.1% of the victims remained with permanent injuries and two died, causing a lethality of 0.4% in the cited region. Most bites happened in the fall in Bothrops and Crotalus and in the spring and summer in non-venomous snakes. The peak of snakebite coincides with the time of higher reproductive activity of the snakes.O perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos na região noroeste do Estado de São Paulo foi obtido com base no levantamento de dados da Vigilância Epidemiológica da Direção Regional de Saúde XXII de São José do Rio Preto. Foram registrados 479 acidentes em 97 cidades das 101 estudadas, durante o período de 1999 a 2004. Os representantes dos gêneros Bothrops e Crotalus foram responsáveis por 65,7% e 9,3% dos acidentes, respectivamente. Serpentes consideradas não peçonhentas causaram 4% dos acidentes e em 21% dos casos não foi possível identificar a serpente. Indivíduos do sexo masculino (81%) com idade entre 15-40 anos (49,3%) e entre 41-60 anos (29,4%) foram os mais atingidos. A maior incidência de picadas foi nos membros inferiores (67,2%). Os acidentes ocorreram em sua maioria na área rural (87,1%), em circunstâncias equilibradas entre trabalho (52%) e lazer (39,9%). O tempo decorrido entre a picada e o atendimento ao paciente variou de 1 a 3 horas (82,8%). Com relação à evolução dos casos, os acidentados apresentaram cura em 92,7%, cura com seqüela em 3,1% e dois registros de óbito foram registrados (letalidade de 0,4%). O pico dos acidentes ocorreu no outono para os gêneros Bothrops e Crotalus e no final da primavera e início do verão para as serpentes não peçonhentas, o que está diretamente relacionado à época reprodutiva destas espécies.