Revista Brasileira de Ciências Ambientais (Sep 2016)

ACUMULAÇÃO DE MICROCISTINAS NO MEXILHÃO DOURADO LIMNOPERNA FORTUNEI E RISCOS PARA A BIOTA AQUÁTICA

  • Alessandro Minillo,
  • Maressa Pomaro Casali,
  • William Deodato Isique,
  • Maurício Augusto Leite,
  • Odete Rocha

DOI
https://doi.org/10.5327/Z2176-947820160051
Journal volume & issue
no. 41
pp. 42 – 57

Abstract

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As cianobactérias representam um componente natural da comunidade fitoplanctônica, mas estão frequentemente associadas com águas eutrofizadas. Os rios do estado de São Paulo estão em processo contínuo de eutrofização, o que favorece frequentes florações de cianobactérias, prejuízos à qualidade da água para o consumo humano e riscos à biota aquática. O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) é uma espécie exótica invasora que pode ser vetor na transferência de toxinas de cianobactérias. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de florações de cianobactérias no rio São José dos Dourados, suas toxinas produzidas e a possibilidade de ficotoxinas bioacumularem em Limnoperna fortunei. Foram detectadas, nas amostras, a dominância de cianobactérias tóxicas e cianotoxinas (microcistinas). Os resultados indicaram que L. fortunei acumularam microcistinas. As florações de cianobactérias nas águas do rio estudado indicaram prejuízo ao ambiente associado à eutrofização e aos riscos da presença das cianotoxinas à biota aquática.

Keywords