Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico (Jun 2020)
Gradientes termográficos em indústria ceramista na Amazônia como ferramenta didática no processo de ensino tecnológico
Abstract
O processo de secagem de artefatos cerâmicos em olarias é realizado em fornos pré-aquecidos visando uma homogeneidade na distribuição de calor. O objetivo neste trabalho foi avaliar gradientes térmicos a partir de imagens termográficas de fornos em plena atividade no polo ceramista de Iranduba-AM, no intuito de subsidiar professores e alunos da educação tecnológica que tenham interesse em utilizar novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Os termogramas foram analisados em dois diferentes dias de queima de tijolos. Foram analisadas possíveis respostas termográficas considerando as condições climáticas na área de estudo, baseado na série histórica homogênea do período de 1981 a 2010. Os termogramas gerados foram analisados no programa Flir Tools, 6.3v, sendo considerados padrões térmicos em ordem decrescente, identificados pelas cores: branco, vermelho, amarelo, verde e azul. De acordo com a climatologia da região, o mês de agosto marca a menor precipitação acumulada (mm) e a maior temperatura média do ar (°C). O alvo mais quente foi o centro do forno (padrão branco), apresentando temperatura superior a 160 °C. No interior dos fornos as temperaturas atingem valores entre 700 a 800 °C. As demais camadas apresentavam padrão termográfico normal e homogêneo, diminuindo o fluxo de calor à medida que ocorria o processo de condução térmica. Conclui-se que a termografia infravermelho é uma tecnologia inovadora que fornece diagnóstico e respostas térmicas de diferentes alvos com alta precisão, possibilitando a ampliação do uso de ferramentas técnico-científicos na pesquisa e a conectividade de alunos e professores a novos recursos no processo de ensino-aprendizagem.
Keywords