Serviço Social & Saúde (Dec 2019)

Contrarreforma psiquiátrica e o trabalho profissional dos/as assistentes sociais nos Centros de Atenção Psicossocial-CAPS´s em Belém-Pará

  • Rosiane Silva da Silva,
  • Vera Lúcia Batista Gomes

DOI
https://doi.org/10.20396/sss.v18i0.8657454
Journal volume & issue
Vol. 18

Abstract

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Este artigo objetiva analisar as repercussões da contrarreforma psiquiátrica em curso, no Brasil, para o trabalho profissional das/os assistentes sociais que atuam nos CAPS´S em Belém-Pará. Tem por base teve por base, os dados obtidos com a realização de uma pesquisa em nível regional, com recorte para os mencionados CAPS’s, cujos sujeitos forma 09 (nove) assistentes sociais de um universo de 34 (trinta e quatro) que atuam nesses espaços sócio ocupacionais. A luz da teoria marxista, o artigo evidencia que o/a assistente social é chamado de forma mais significativa para compor as equipes multidisciplinares nos serviços substitutivos de saúde mental, para intervir sobre os determinantes sociais do processo saúde-doença mental. Mas, as condições de trabalho nos mencionados CAPS’s, têm dificultado o trabalho desse/a profissional no que concerne ao acesso dos usuários ao atendimento, devido as medidas de retrocesso ao acesso aos direitos sociais, provocados pelo momento político e econômico vivenciado, no País, pois até a infraestrutura física dos CAPS´s limita e, muitas vezes, impede que os atendimentos sejam efetuados com qualidade e preservem a privacidade das/os usuários/as. Desta forma, o Estado neoliberal não investe na qualidade dos serviços públicos prestados precarizando suas estruturas; nos serviços como o CAPS´s esta situação se agrava devido possuir uma demanda com uma carga de sofrimento muito densa – ao se deparar com os entraves no acesso aos serviços prestados na RAPS, em geral.

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