Revista Uningá (Oct 2022)

Uso de enxaguatório bucal pré-operatório durante a pandemia: relato da Clínica Odontológica

  • Anna Julia Santiago Campanelli,
  • Martina Andreia Lage Nunes,
  • Debora Lopes Sales Scheffel,
  • Raquel Sano Suga Terada,
  • Suzana Goya,
  • Carina Gisele Costa Bispo

Journal volume & issue
Vol. 59

Abstract

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O receptor da enzima conversora de angiotensina 2, principal alvo do vírus SARS-CoV-2, é abundante na cavidade bucal, tornando-a um reservatório para a patogenicidade da doença Covid-19. Assim, o uso de enxaguatório bucal previamente ao atendimento odontológico foi adotado por diversas instituições, sendo a clorexidina, o cloreto de cetilpiridínio, a iodopovidona e o peróxido de hidrogênio as soluções mais descritas. Objetiva-se relatar a experiência da Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá (COD-UEM) quanto à adoção de um protocolo de uso de enxaguatório bucal nas atividades práticas durante a pandemia. Embora não existam recomendações dos Ministérios da Saúde, da Organização Mundial da Saúde ou evidências científicas de que essa prática atue de maneira preventiva, a exemplo de outros serviços, a COD-UEM, no protocolo de biossegurança do plano de retomada das atividades clínicas da graduação na pandemia, passou a adotar o bochecho com clorexidina 0,12%, podendo ser substituído por peróxido de hidrogênio 1% ou iodopovidona. Concluiu-se, com base na experiência descrita, que, apesar da escassez de evidências científicas, o uso de enxaguatórios bucais é um recurso frequentemente utilizado para reduzir o número de microrganismos na cavidade bucal durante o tratamento, sendo importante ponderar seu uso até que pesquisas complementares sejam realizadas.

Keywords