Revista Educação e Cultura Contemporânea (Apr 2017)

Surdos de diásporas: uma possível IN/EXclusão pela variação linguística

  • Hector Renan da Silveira Calixto,
  • Huber Kline Guedes Lobato,
  • Gladis Teresinha Taschetto Perlin

DOI
https://doi.org/10.5935/reeduc.v14i35.3009
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 35

Abstract

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O estudo surgiu com a problemática: como surdos diaspóricos percebem a variação linguística da língua brasileira de sinais em nosso país? Alguns elementos teórico-filosóficos da “Diáspora” de Stuart Hall e James Clifford, que remetem a teoria da transposição de fronteiras e das forças de poder ou redes de diáspora presentes em contextos históricos de deslocamento motivaram a identificar as relações presentes no contexto. Nesse processo de investigar foram utilizados para a coleta dos dados as entrevistas narrativas conseguidas através aplicativos das redes sociais digitais, o que trouxe alguns resultados. Estes revelaram três categorias: a (não) aceitação da sinalização de surdos de diásporas; a influência sociocultural surdos de diásporas; e os modos de divulgação de neologismos na língua brasileira de sinais. Percebemos que os surdos com características diaspóricas apresentam um sentimento de não estar em casa, nem em seu contexto atual. Percebemos algumas características que indicam uma possível exclusão dos surdos de diáspora nas comunidades que participam em seu contexto atual. A sociedade, a escola e as comunidades surdas devem atuar mediante atitudes de aceitação, de respeito e de valorização das diferenças, para que assim possamos criar espaços mais harmônicos de convivência entre todos, inclusive entre surdos diaspóricos e surdos nativos.