Semina: Ciências Agrárias (Mar 2013)
High doses of lidocaine as a constant rate infusion in propofol/fentanyl anaesthetized sheep: cardiorespiratory effects<br>Infusão contínua de altas doses de lidocaína em ovinos anestesiados com propofol/fentanil: efeitos cardiorrespiratórios
Abstract
The aim of this study was to investigate the cardiorespiratory and anesthetic-sparing effects of a highdose CRI of lidocaine (200 ?g/kg/min) administered with a propofol/fentanyl regimen to sheep. Twelve adult, castrated male sheep (BW= 32.1 ± 4.9 kg), were used in a prospective, randomized clinical trial. All animals were premedicated with xylazine (0.05 mg/kg, i.m.). Animals in the GPF group were induced with propofol (3 mg/kg) and fentanyl (2.5 ?g/kg) intravenously, and anesthesia was maintained with a CRI of propofol (500 ?g/kg/min) and fentanyl (0.15 ?g/kg/min). In the GPFL group, animals were induced with propofol (3 mg/kg), fentanyl (2.5 ?g/kg) and lidocaine (2.5 mg/kg) intravenously, and anesthesia was maintained with a CRI of propofol (500 ?g/kg/min), fentanyl (0.15 ?g/kg/min) and lidocaine (200 ?g/kg/min); after ten minutes of anesthesia, the propofol dose was reduced by 25% (from 500 ?g/kg/min to 375 ?g/kg/min). Cardiorespiratory parameters were recorded from 15 minutes after preanesthetic medication administration (T0) to the end of the anesthetic procedure (T7). The time points were as follows: T0 – 15 minutes after preanesthetic medication administration; T1 – after anesthesia induction and orotracheal intubation; T2 – 15 minutes of anesthesia; T3 – during traction on the liver; T4 – during bowel clamping; T5 – during muscle suture; T6 – at the end of skin suture; and T7 – 15 minutes after the end of anesthesia. Apnea was present in all animals during anesthesia induction and required mechanical ventilation. There was no statistical difference in HR and MAP between any time points compared to the baseline value (p > 0.05); MAP was lower in the GPF group (p O objetivo desse estudo foi investigar os efeitos cardiorrespiratórios e a redução na dose de propofol, mediante a infusão contínua de altas doses de lidocaína (200 ?g/kg/min) em associação ao propofol/ fentanil. Para tanto, foram utilizados 12 ovinos machos castrados (peso médio de 32,1 ± 4,9 kg), distribuídos em dois grupos de seis animais, designados como grupo GPF e GPFL em estudo clínico, prospectivo e aleatório. Todos os animais foram pré-medicados com xilazina (0,05 mg/kg, i.m.). A indução anestésica do grupo GPF constou de propofol (3 mg/kg) e fentanil (2,5 ?g/kg) adminitrados por via intravenosa e a anestesia foi mantida com a infusão contínua de propofol (500 ?g/kg/min) e fentanil (0,15 ?g/kg/min). No grupo GPFL foram induzidos a anestesia com propofol (3 mg/kg), fentanil (2,5 ?g/kg) e lidocaína (2,5 mg/kg), i.v.; após 10 minutos de manutenção anestésica, neste grupo a dose de propofol foi reduzida em 25% (500 ?g/kg/min para 375 ?g/kg/min). Os parâmetros cardiorrespiratórios foram coletados 15 minutos após a medicação pré-anestésica (T0) até o término do procedimento cirúrgico (T7). Os tempos correspondentes foram: T0 – 15 minutos após a administração da medicação pré-anestésica; T1 – imediatamente após a indução anestésica e entubação orotraqueal; T2 – 15 minutos de anestesia; T3 – durante a tração do fígado; T4 – durante o pinçamento do intestino; T5 – sutura da musculatura; T6 – final da sutura de pele e T7 – 15 minutos do término da anestesia. Em todos os animais foi observado apnéia após a indução necessitando de ventilação mecânica. Em relação a frequência cardíaca e pressão arterial média, não houve diferença estatística em nenhum dos grupos comparativamente ao valor basal (p > 0,05); os valores médios da pressão arterial foram superiores no grupo GPF no momento T6 (p < 0,05). A infusão contínua de altas doses de lidocaína em associação ao propofol/fentanil foi suficiente para reduzir a dose do propofol em 25%, sem alterar de maneira significativa os parâmetros cardiorrespiratórios.