Acta Amazonica (Jan 2005)

Dimorfismo sexual em Siluriformes e Gymnotiformes (Ostariophysi) da Amazônia Sexual dimorfism in Amazonian Siluriformes and Gymnotiformes (Ostariophysi)

  • Lúcia H. Rapp Py-Daniel,
  • Cristina Cox Fernandes

DOI
https://doi.org/10.1590/S0044-59672005000100015
Journal volume & issue
Vol. 35, no. 1
pp. 97 – 110

Abstract

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No presente trabalho é feito um levantamento dos casos de dimorfismo sexual em Siluriformes e Gymnotiformes. Este levantamento se restringe às formas Neotropicais, com ênfase mais especificamente, às da Amazônia. Peixes dessa região possuem uma grande diversidade, ainda que os limites intraespecíficos não estejam bem definidos. Embora preliminar, o mapeamento de características dimórficas em um cladograma referente a família Loricariidae (Siluriformes) auxilia na demonstração de que padrões de dimorfismo sexual são consistentes com hipóteses de monofiletismo. Em Apteronotidae (Gymnotiformes), com base no mapeamento dos caracteres tamanho e forma do focinho e presença de dentes diferenciada em árvores filogenéticas, podemos inferir que esses caracteres originaram-se como eventos independentes em vários táxons. Recentemente, em Gymnotiformes, foram detectados casos de erros taxonômicos atribuídos a diferenças extremas entre machos e fêmeas.The present paper aims to summarize cases of sexual dimorphism in Siluriformes and Gymnotiformes. This summary focuses on Neotropical representatives, with emphasis on Amazonian fish. Fishes from this region exhibit high species-level diversity, although the intraspecific limits of many of these forms are unknown. In Loricariidae (Siluriformes), mapping of dimorphic traits on cladograms has helped to demonstrate that patterns of sex dimorphism are consistent with hypotheses of monophyly, thus reinforcing its role as an important evolutionary phenomenon. In Apteronotidae (Gymnotiformes), mapping of characters on phylogenetic trees suggests that sexual dimorphism (regarding snout size, form, and presence/absence of teeth) has evolved independently in multiple taxa. Recently in Gymnotiformes, detected taxonomic errors are attributed to extreme differences between males and females in their morphology.

Keywords