Revista Thema (Aug 2012)

Educação e Autonomia

  • Jônatas Matthies Roschild

Journal volume & issue
Vol. 9, no. 2
pp. 1 – 15

Abstract

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Esse estudo objetiva criticar a educação como aparelho ideológico e indicar um caminho para a experiência da autonomia nas relações de sala de aula. De modo geral, os interesses externos à prática educativa influenciam na maneira como a escola forma, molda e constrói as pessoas envolvidas nesta prática. O principal problema, neste sentido, é a definição do posicionamento político da escola, pois isto representa o tipo de sujeito que a escola se propõe a formar. Por isso, a advertência de Paulo Freire é tão atual quanto em seu tempo: “creio que nunca precisou o professor progressista estar tão advertido quanto hoje em face da esperteza com que a ideologia dominante insinua a neutralidade da educação” (FREIRE, 2009, p. 98). Por essa razão, primeiro se fará uma análise das características da educação tradicional, do modo como esta concepção de ensino entende o processo de formação dos sujeitos para a sociedade. Em particular, investigar-se-á que associações existem entre essa concepção de ensino e a ideologia dominante. Em seguida, serão estabelecidas as condições necessárias para a experiência da autonomia, como oposição a educação tradicional, que se mostrará ideológica. Em última instância, o estudo propõe investigar se os interesses e motivações dos estudantes e dos professores são relevantes e fundadores de uma proposta de aula participativa e democrática.

Keywords