Revista Brasileira de Fruticultura (Dec 2010)
Modified atmosphere packaging extending the storage life of 'douradão' peach Uso de atmosfera modificada para extender o período de estocagem de pêssegos 'douradão'
Abstract
'Douradão' peach is a perishable product and when cold stored is subject to chilling injury. The objective of the experiment was to evaluate the effect of modified atmosphere packaging (MAP) and cold storage on quality and storage life of these peaches. Fruits were packed in polypropylene (PP) trays and placed inside low density polyethylene (LDPE) bags (30, 50, 60, 75 μm thickness) with active modified atmosphere (10 kPa CO2 + 1.5kPa O2, balance N2). The control was made with peaches held in nonwrapped PP trays. Fruits were kept at 1 ± 1 °C and 90 ± 5% relative humidity (RH) for 28 days and CO2 and O2 within packages was monitored every two days. After 14, 21 and 28 days, samples were withdrawn from MAP and kept in air at 25 ± 1 °C and 90 ± 5% RH for ripening. On the day of removal from the cold storage and after 4 days, peaches were evaluated for weight loss, decay incidence, flesh firmness, woolliness incidence, soluble solids content (SSC), titratable acidity (TA) and juice content. The results showed that MAP had influence on reducing weight loss and prevented postharvest decay. MAP of 1-2 kPa O2 and 3-6 kPa CO2 at 1 °C (from 50 and 60 μm LDPE films) were effective for keeping good quality of 'Douradão' peaches during 28 days of storage, the ripe fruits showed reduced incidence of woolliness, adequate juiciness and flesh firmness. Packages of 30 and 75 μm LDPE films were ineffective for reducing woolliness during cold storage. MAP fruits showed lower SSC and no relevant effect on TA. Control fruits did not present marketable conditions after 14 days of cold storage.RESUMO O pêssego 'Douradão' é um produto perecível e quando armazenado sob refrigeração está sujeito à injúria pelo frio, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da embalagem de atmosfera modificada (AM) na qualidade e na extensão da vida de estocagem destes pêssegos refrigerados. Os frutos foram acondicionados em bandejas de polipropileno (PP) e colocados dentro de sacos plásticos de polietileno de baixa densidade (PEBD) com espessuras de 30, 50, 60 e 75 μm e com modificação ativa da atmosfera (10 kPa CO2 + 1.5 kPa O2, balance N2). O tratamento controle foi feito com pêssegos acondicionados em bandejas de PP sem embalagem plástica. Os frutos foram mantidos em câmara a 1 ± 1 °C e 90 ± 5% de umidade relativa (UR) por 28 dias, e as concentrações de CO2 e O2 dentro das embalagens foram avaliadas a cada dois dias. Após 14, 21 e 28 dias, as embalagens plásticas foram retiradas e as amostras foram mantidas em ar a 25 ± 1 °C e 90 ± 5% UR para amadurecimento. No dia da remoção e após 4 dias, os pêssegos foram avaliados quanto a perda de massa, incidência de podridão, firmeza da polpa, incidência de lanosidade, conteúdo de sólidos solúveis (CSS), acidez titulável (AT) e teor de suco. Os resultados mostraram que as embalagens de AM tiveram influência na redução da perda de massa e preveniu a podridão dos frutos. As embalagens de AM que mantiveram concentrações de 1-2 kPa O2 e 3-6 kPa CO2 a 1 °C (provenientes dos filmes de PEBD de 50 e 60 μm) foram efetivas para manter a boa qualidade dos pêssegos 'Douradão' durante 28 dias de estocagem, os frutos maduros mostraram baixa incidência de lanosidade, adequada suculência e firmeza da polpa. As embalagens dos filmes de PEBD de 30 e 75 μm foram ineficientes para reduzir a lanosidade nos frutos durante a estocagem refrigerada. Os frutos oriundos das embalagens de AM mostraram menor CSS e efeito não relevante sobre a AT. Os frutos controle não apresentaram condições de comercialização após 14 dias de estocagem refrigerada.