Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2021)

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR LINFOMAS NÃO-HODGKIN NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ENTRE 2011 E 2020

  • AL Schuster,
  • BFB Bassani,
  • ER Farias

Journal volume & issue
Vol. 43
p. S64

Abstract

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Objetivo: O Linfoma Não-Hodgkin (LNH) constitui-se em um amplo grupo de neoplasias originadas no sistema linfático, correspondendo, aproximadamente, em 90% dos linfomas malignos, sendo o restante pertencente ao Linfoma de Hodgkin. O presente trabalho tem por objetivo descrever as características das internações por LNH no estado do Rio Grande do Sul, quanto à distribuição por macrorregiões de saúde, óbitos e sexo entre janeiro de 2011 a dezembro de 2020. Material e métodos: Estudo descritivo transversal da base de dados do DATASUS, utilizando filtro para internações segundo macrorregião de saúde, óbitos e sexo do período de janeiro de 2011 a dezembro de 2020. Resultados: As internações referentes aos LNH, no Rio Grande do Sul, variaram de 1.039 em 2011 a 1.343, em 2020, totalizando 12.759. A região gaúcha com o maior número de internações foi a região Metropolitana, com 6.073 (47,6%), seguida da Norte, 2.439 (19,1%), Serra,1.586 (12,4%), Centro-Oeste, com 835 (6,5%), Sul, com 685 (5,4%), dos Vales, 584 (4,6%) e, por fim, a Missioneira, com 557 (4,4%). Os óbitos, foram de 91 em 2011 a 129, em 2020, totalizando 1.150. Em relação às regiões, temos: Metropolitana, com 550 (47,8%), seguida da Norte, 174 (15,1%), Serra, 112 (9,7%), Centro-Oeste, com 106 (9,2%), Sul, com 85 (7,4%), Vales, 68 (6%) e, por fim, a Missioneira, com 55 (4,8%). Quanto ao sexo dos pacientes, temos que ocorreram mais internações e óbitos por parte do sexo masculino, 7.575 (59,4%) e 667 (58%), respectivamente. Discussão: As internações e óbitos pelos NH aumentaram no período no Rio Grande do Sul. Foi possível observar um maior número de internações e óbitos no sexo masculino. Além disso, a região Metropolitana, que concentra cerca de 38% da população do estado, foi responsável por 47,6% das internações e 47,8% dos óbitos pelos LNH. Conclusão: Com o aumento das internações, e, consequentemente, de óbitos, durante o período estudado, é importante o monitoramento constante da incidência deste tipo de neoplasia no estado do Rio Grande do Sul, a fim de ser possível criar políticas públicas de prevenção e rastreio deste tipo de linfoma. Além disso, com os dados da distribuição estadual das internações, é possível também planejar melhor a alocação de recursos para o manejo dos pacientes. Por fim, é fundamental que haja o diagnóstico precoce dos LNH, a fim de iniciar rapidamente o tratamento dos pacientes, buscando um melhor prognóstico.