Brazilian Journal of Psychiatry (Mar 2008)
Prevalence and sociodemographic characteristics associated with benzodiazepines use among community dwelling older adults: the Bambuí Health and Aging Study (BHAS) Prevalência e características sociodemográficas associadas ao uso de benzodiazepínicos por idosos residentes na comunidade: projeto Bambuí
Abstract
OBJECTIVES: To assess the prevalence and sociodemographic characteristics associated with benzodiazepine use among community-dwelling older adults. METHOD: 1606 subjects, aged > 60 years, corresponding to 92% of the residents of Bambuí city, participated in this study. The information about medication use was obtained by means of a standard interview and the review of medication packaging. Substances were classified using the Anatomical Therapeutic Chemical Index. RESULTS: The prevalence of benzodiazepine current use was 21.7% (26.7% among females and 14.0% among males). From these, 68.7% had been taking the medication for over one year, 31.3% for over five years and 53.2% were using long half-life benzodiazepines. The medication most frequently used was bromazepam (35.6%), followed by diazepam (22.5%), clonazepam (12.6%) and lorazepam (7.8%). After adjustment for confounders, female gender (RP = 1.93; CI95% = 1.51-2.46) was the only sociodemographic characteristic found to be independently associated with substance consumption. CONCLUSIONS: The prevalence of benzodiazepine use in the study population was high, but within the variation observed in developed countries. Chronic use of benzodiazepines and long half-life medications predominated.OBJETIVOS: Determinar a prevalência e características sociodemográficas associadas ao uso de benzodiazepínicos entre idosos residentes na comunidade. MÉTODO: Participaram deste estudo transversal 1.606 indivíduos, que correspondem a 92% do total de residentes na cidade de Bambuí-MG com idade > 60 anos. As informações sobre uso de medicamentos foram obtidas por meio de entrevista padronizada e verificação da embalagem. A classificação do princípio ativo foi baseada no Anatomical Therapeutic Chemical Index. RESULTADOS: A prevalência do uso de benzodiazepínicos foi de 21,7% (26,7% entre as mulheres e 14,0% entre os homens); 68,7% faziam uso do medicamento há pelo menos um ano, 31,3% há pelo menos cinco anos e 53,2% faziam uso de benzodiazepínicos de meia-vida longa. O medicamento de uso mais comum foi o bromazepam (35,6%), seguido pelo diazepam (22,5%), clonazepam (12,6%) e lorazepam (7,8%). Após ajuste para variáveis de confusão, sexo feminino foi o único fator independentemente associado ao uso de benzodiazepínico (RP = 1,93; IC95% = 1,51-2,46). CONCLUSÕES: A prevalência do consumo de benzodiazepínicos na população estudada foi alta, mas dentro da variação observada em países desenvolvidos. O uso crônico e o uso de benzodiazepínicos de meia-vida longa foi predominante.