Veritas (Jan 2005)
Diversity, social inquiries, and epistemic virtues
Abstract
A teoria das virtudes epistêmicas (VE) sustenta que as virtudes dos agentes, tais como a imparcialidade ou a permeabilidade intelectual, ao invés de crenças específicas, devem estar no centro da avaliação epistêmica, e que os individuos que possuem essas virtudes estão mais bem-posicionados epistemicamente do que se não as tivessem, ou, pior ainda, do que se tivessem os vícios correspondentes: o preconceito, o dogmatismo, ou a impermeabilidade intelectual. Eu argumento que a teoria VE padece de um grave defeito, porque fracassa ao se ajustar à natureza social dos questionamentos (epistêmicos) típicos. Esse e outros defeitos relacionados a esse infectam o paralelo que os teóricos VE traçam entre virtudes epistêmicas e morais. Ao prometer o incremento na proporção de crenças verdadeiras sobre crenças falsas, ou ignorância, as virtudes epistêmicas não podem desempenhar um papel paralelo àquele que Aristóteles reserva às virtudes morais ao prometer o incremento em nossa felicidade e no bem-estar da comunidade. A minha rota para essas críticas é feita das razões sobre por que os agentes (sociais) devem buscar a obtenção de seus objetivos morais e epistêmicos diferentemente nos papéis que atribuem às virtudes