Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Jul 1998)

VERTICAL TRANSMISSION OF HTLV-I/II: A review

  • Achiléa Lisboa BITTENCOURT

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46651998000400008
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 4

Abstract

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The vertical transmission of the human T-cell lymphotropic virus type I (HTLV-I) occurs predominantly through breast-feeding. Since some bottle-fed children born to carrier mothers still remain seropositive with a frequency that varies from 3.3% to 12.8%, an alternative pathway of vertical transmission must be considered. The prevalence rate of vertical transmission observed in Japan varied from 15% to 25% in different surveys. In Brazil there is no evaluation of this form of transmission until now. However, it is known that in Salvador, Bahia, 0.7% to 0.88% of pregnant women of low socio-economic class are HTLV-I carriers. Furthermore the occurrence of many cases of adult T-cell leukemia/lymphoma and of four cases of infective dermatitis in Salvador, diseases directly linked to the vertical transmission of HTLV-I, indicates the importance of this route of infection among us. Through prenatal screening for HTLV-I and the refraining from breast-feeding a reduction of ~ 80% of vertical transmission has been observed in Japan. We suggest that in Brazil serologic screening for HTLV-I infection must be done for selected groups in the prenatal care: pregnant women from endemic areas, Japanese immigrants or Japanese descendents, intravenous drug users (IDU) or women whose partners are IDU, human immunodeficiency virus carriers, pregnant women with promiscuous sexual behavior and pregnant women that have received blood transfusions in areas where blood donors screening is not performed. There are in the literature few reports demonstrating the vertical transmission of HTLV-II.A transmissão vertical do virus linfotrópico para células T humanas tipo I (HTLV-I) ocorre principalmente através a amamentação. Como um pequeno percentual de filhos de portadoras alimentados artificialmente é soropositivo, devem existir outras vias de transmissão vertical. A taxa de prevalência de transmissão vertical no Japão varia de 15% a 25%. No Brasil, ainda não existe nenhuma avaliação desta forma de transmissão, no entanto, sabe-se que em Salvador-Bahia 0, 7% a 0, 9% das gestantes de classe socio-econômica baixa são portadoras deste virus. Além disto, em Salvador, já foram detectados vários casos de linfoma/leucemia de células T do adulto e quatro casos de dermatite infectiva, condições que são diretamente ligadas à transmissão vertical do HTLV-I, demonstrando assim a importância desta via de transmissão entre nós. Através de seleção sorológica de gestantes no prenatal e evitando a amamentação nas soropositivas, conseguiu-se no Japão redução de ~ 80% da transmissão vertical deste virus. É necessário que no Brasil os órgãos de Saúde Pública comecem a fazer estudos no sentido de se certificar da magnitude deste problema. Sugerimos que em nosso país seja feita avaliação sorológica pré-natal em grupos selecionados, tais como: gestantes provenientes de áreas endêmicas, imigrantes japonesas ou descendentes de japoneses, usuárias de drogas injetáveis (UDI) ou gestantes cujos parceiros sejam UDI, portadoras do virus da imunodeficiência adquirida, gestantes com comportamento sexual promíscuo e aquelas que tenham recebido transfusão sanguínea. Já se documentou a transmissão vertical do HTLV-II.

Keywords