Revista Portuguesa de Pedagogia (Jan 2009)

“Olhar com Olhos de Ver”

  • C. Melo Dias

DOI
https://doi.org/10.14195/1647-8614_43-1_9
Journal volume & issue
no. 43-1

Abstract

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A observação é um processo fundamental que não tem um fim em si mesmo, mas que é subordinado ao serviço dos sujeitos e dos seus processos complexos de atribuir inteligibilidade ao real, fornecendo os dados empíricos necessários a posteriores análises críticas. Iniciar a observação implica a organização de um projecto, de modo a realizar-se com o conhecimento da realidade a que se refere (Estrela, 1992). Apesar da importância do posicionamento em co-territorialidade, para os iniciados em observação de classes, a técnica de observação naturalista é mais acessível e prática. Esta define-se em quatro princípios: o Princípio da não selectividade da observação; o Princípio da precisão da situação; o Princípio da composição; e o Princípio da continuidade (Estrela, 1986, p. 49). Considera-se que este treino de iniciação à observação de classes corresponde fundamentalmente a um treino de observador, onde existe um plano contingente às diversas variáveis intervenientes nas situações pedagógicas.