Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2023)
COMPARAÇÃO DE SOROLOGIA REAGENTE DOS DOADORES DE SANGUE DO BANCO DE SANGUE SÃO PAULO ENTRE 2021 E 2022
Abstract
Objetivos: Abastecer os hospitais é responsabilidade dos bancos de sangue e o primeiro passo para conseguir hemocomponentes seguros para transfusão, é uma somatória de medidas como a realização da triagem sorológica nas amostras dos doadores sangue, captação e seleção de doadores. Os testes sorológicos obrigatórios que são realizados na amostra do doador para detecção de infecções/doenças são: Doença de Chagas, Sífilis, Hepatite B, Hepatite C, HIV-1/2, HTLV-I/II. O objetivo desse trabalho foi comparar o perfil sorológico dos candidatos à doação de sangue no Banco de Sangue São Paulo – Grupo GSH de 2021 e 2022. Método: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa e comparativa, utilizando os dados dos candidatos à doação que realizaram a triagem sorológica, nos anos de 2021 a 2022. Resultados: Em 2021, foram realizadas 39.327, com positividade de 657 (1,44%). Para anti-HBc 192 (0,49%), sífilis 313 (0,80%), HBsAg 7 (0,02%), anti-HIV 12 (0,03%), anti-HCV 17 (0,04%), Chagas 15 (0,04%) e anti-HTLV 11 (0,03%). A positividade foi de 88,71% (503) em doador de primeira vez, 3,17% (18) em doador repetição e 8,11% (46) em doador esporádico. Em relação ao sexo 60,32% (342) em homens e 39,68% (225) em mulheres. Já 2022, foram realizadas 38.782, com positividade de 560 (1,44%). Para anti-HBc 185 (0,48%), sífilis 310 (0,80%), HBsAg 6 (0,02%), anti-HIV 11 (0,03%), anti-HCV 18 (0,05%), Chagas 20 (0,05%) e anti-HTLV 10 (0,03%). A positividade foi de 85% (476) em doador de primeira vez, 5,54% (31) em doador repetição e 5,71% (32) em doador esporádico. Em relação ao sexo 58,39% (327) em homens e 41,61% (233) em mulheres. Discussão: Pelos dados analisados, não há diferenças significativas entre as soropositividades dos marcadores sorológicos nos doadores de sangue nos anos de 2021 e 2022. Tanto que o índice de positividade se manteve igual em ambos os anos: 1,44%. Nos dois períodos analisados, o sexo masculino manteve-se superior ao feminino com sorologia positiva. Os doadores de primeira vez, seguem sendo os principais doadores com exame alterado. Com esse resultado é possível observar, que as triagens clínicas se mantem eficientes, pois conseguem triar os doadores com perfis propensos para a inaptidão. Conclusão: A relação entre os anos, não mostra diferença nos índices de sorologia positiva, o que mostra que o perfil dos doadores se mantém o mesmo. Os bancos de sangue, precisam investir em identificar esses perfis, para diminuir e trabalhar meios de fidelizar esse doador, através de campanhas, para dar continuidade as doações e manter estoque suficiente para abastecimento as demandas dos hospitais e pacientes, objetivando um menor descarte por marcadores sorológicos e tornando o processo transfusional mais seguro.