Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

EP-108 - INFODEMIA E VACINAÇÃO DA COVID-19 NO ESTADO DE SÃO PAULO

  • Antonio Sérgio Mathias,
  • Beatriz Garcia Rocha,
  • Pedro Henrique Gregio Cazanova,
  • Regina Bukauskas,
  • Kelly Ayumi Harada,
  • Rodrigo Luiz Martins Pantoja,
  • Larissa de Pontes Silva,
  • Fernanda Klein Gomes,
  • Marta Lisiane Pereira P. de Carvalho,
  • Valéria de M. Silveira Telles

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 104032

Abstract

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Introdução: A COVID-19 se tornou um problema mundial em 2020, a ciência necessitou de medidas rápidas, surgindo a vacina, que reduz a morbimortalidade. Com o aumento do volume de informações sobre este assunto e a multiplicação exponencial de falsas notícias, a infodemia se tornou um problema, e a vacinação passou a ser rejeitada pela maioria dos brasileiros. Com o trabalho do Ministério da Saúde (MS), as informações falsas foram aos poucos combatidas. No Brasil, o esquema preconizado pelo MS para pessoas acima de 05 anos, são de 02 doses, com um reforço anual para os grupos prioritários, incorporando em 2024 no calendário vacinal, crianças a partir de 6 meses e 4 anos, tendo uma cobertura vacinal de 84,34%, indo acima das expectativas esperadas. Objetivo: O presente trabalho busca elucidar e analisar os dados da vacinação no Estado de São Paulo. Método: Estudo retrospectivo com base no sistema de Cobertura Vacinal do SUS, disponível gratuitamente de acesso livre, com dados obtidos em 12 de abril de 2024. Resultados: O Estado de São Paulo possui cobertura vacinal monovalente com 2 doses é de 94,16%; 3 doses com 63,86% e 21,16% 4 doses, totalizando 44.059.487 indivíduos imunizados, para uma população total de 44.411.238, abatendo a meta de 90% estabelecida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações. A única faixa etária abaixo do esperado são as crianças menores de 5 anos. Conclusão: O aumento do bombardeamento de informações na mídia social, impacta negativamente a cobertura vacinal, somado a desinformação e alienação. Apesar do Estado de São Paulo atingir a meta preconizada apenas em 2022, outros estados ainda sofrem com a baixa cobertura vacinal, tornando a imunização de rebanho ineficaz. A desinformação somada à suspeita da eficácia e aflição perante ao novo calendário vacinal, gera um grande impacto em menores de 05 anos, conferindo as doenças reemergentes. Sugere-se continuidade de estudos na área para elucidar fatores biopsicossociais.