Literatura e Autoritarismo (Dec 2016)

Representações da violência da Guerra Civil Espanhola e do Franquismo nos romances La voz dormida e Las trece rosas

  • Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza,
  • Patrícia Dal'moro Mendes

DOI
https://doi.org/10.5902/1679849X23448
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 28

Abstract

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A violência da Guerra Civil Espanhola e do período posterior conhecido como franquismo é evidenciada em diversas obras da chamada literatura da memória na Espanha. Entre estas publicações, encontramos La voz dormida (2002), de Dulce Chacón, e Las trece rosas (2003), de Jesús Ferrero, romances que revelam como as mulheres dessa época da história espanhola são representadas literariamente. Neste artigo, temos por objetivo o estudo comparativo destas narrativas, que possibilitam examinar como se reconstrói, por meio da ficção, uma memória feminina da resistência antifraquista, a partir de memórias da violência. Neste sentido, além da discussão sobre memória, história e literatura, abordamos também ao nosso trabalho questões de gênero, uma vez que nos romances de Chacón e Ferrero estas histórias da Guerra Civil e do Franquismo se reescrevem tendo como ponto de partida o protagonismo feminino. Assim sendo, a história e a ficção são organizadas nessas obras de maneira que se focalize a importância das mulheres na construção da identidade espanhola.