Cadernos de Estudos Lingüísticos (Aug 2015)

De clítico à concordância: o caso dos acusativos de terceira pessoa em português brasileiro

  • Jairo Morais Nunes

DOI
https://doi.org/10.20396/cel.v57i1.8641472
Journal volume & issue
Vol. 57, no. 1

Abstract

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Uma das propriedades sintáticas que mais caracteriza o português brasileiro (PB) é a perda dos clíticos acusativos de terceira pessoa o(s)/a(s) e seus alomorfes. Como amplamente documentado na literatura, em PB esses elementos estão associados a escolarização e registros formais de fala e escrita. Neste trabalho investigo o estatuto teórico desses elementos após serem “acrescentados” à gramática nuclear do PB via escolarização sintática. Como base em seu intrincado padrão de colocação, argumentarei que o(s)/a(s) não são incorporados como clíticos nos registros relevantes de PB, mas como marcas de concordância (de objeto).

Keywords