Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Sep 1995)

Dinâmica da alimentação e dejeção do Triatoma sordida

  • Liléia Diotaiuti,
  • Claysson M. Penido,
  • Herton Helder R. Pires,
  • João Carlos P. Dias

Journal volume & issue
Vol. 28, no. 3
pp. 195 – 198

Abstract

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Atualmente, o Triatoma sordida é a espécie de triatomíneo mais capturada no Brasil. Para maior esclarecimento do seu potencial vetorial foi estudada a sua dinâmica de alimentação e dejeções, em comparação com o Triatoma infestans ou outras espécies de reconhecida importância na transmissão do Trypanosoma cruzi. O número de T. sordida e T. infestans alimentados em ratos anestesiados não foi significativamente diferente, nem a média de tempo gasta entre a liberação dos triatomíneos e o início do repasto sanguíneo. A média de tempo para eliminação da primeira dejeção foi significativamente menor em T. infestans que em T. sordida ; no entanto, o número de insetos que defecou durante ou imediatamente após o repasto foi semelhante nas duas espécies. Observações diárias ao longo de um mês indicam que o T. sordida realiza um maior número de picadas por dia do que o T. infestans ou o P. megistus. Estes dados sugerem alguma dificuldade desta espécie em concluir o seu repasto, fato provavelmente importante no seu processo de adaptação ao hospedeiro.Today, Triatoma sordida is the most frequently captured triatomine in Brazil. For a better understending of its vectorial potential, its feeding dynamics and dejections behaviour were studied in comparison with Triatoma infestans and P. megistus. The proportion of T. sordida and T. infestans that blood fed on anaesthetized rats did not differ significantly. There was no significant difference in the time elapse between release of the bugs and the initiation of blood feeding. The mean time between completion of a blood meal and the first dejection was significantly lower in T. infestans than in T. sordida. The numbers of insects that defecated during the blood meal or immediatly afterwards was similar for both species. Approximately 80 specimens of each of T. sordida, T. infestans and Panstrongylus megistus were offered daily blood meals for 30 minuts, over a period of 30 days. T. sordida bit more frequently than did P. megistus andl. infestans. These data could indicate that T. sordida may not be completely adapted to its host and might have difficulty in complete its blood meal.

Keywords