ESSA TAL MODERNIDADE/COLONIALIDADE

Abstract

As formas de existir e sofrer são definidos pelas operações de poder remanescentes da lógica colonial, que divide o mundo entre saberes valorizados e expurgados, afetando as estruturas das instituições que regulam nossas vidas, como família, escola, trabalho, Igreja e Estado. Este ensaio teórico tem como objetivo discutir a invenção da modernidade/colonialidade, a partir da criação do constructo social denominado América, a qual gerou modos de subjetivação e padrões de existência conforme suas demandas específicas de educação/colonização dentro de uma civilização tecnocapitalista que idolatra o trabalho e o dinheiro. A argumentação metodológica foi estruturada através do diálogo com diversos autores do coletivo modernidade/colonialidade, em intersecção com outros pesquisadores contemporâneos, os quais analisam os impactos da modernidade/colonialidade na produção de subjetividades e de modos de sofrimento na contemporaneidade. Entendemos que a imposição hierárquica valorativa, que distingue vidas e busca a homogeneidade, serve para manter os privilégios de uma elite, silenciando e condenando outras pluralidades de sujeitos, epistemes, espaços e tempos ao esquecimento.