Planta Daninha (Jun 2005)

Utilização de chama para controle de plantas daninhas emersas em ambiente aquático Using flame for control of emerged aquatic weeds

  • S.R. Marchi,
  • E.D. Velini,
  • E. Negrisoli,
  • M.R. Corrêa

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-83582005000200019
Journal volume & issue
Vol. 23, no. 2
pp. 311 – 319

Abstract

Read online

Dois estudos foram conduzidos com o objetivo de avaliar os efeitos da aplicação de chama no controle de Eichhornia crassipes, Brachiaria subquadripara, Pistia stratiotes e Salvinia auriculata. No primeiro estudo foram utilizadas diferentes doses de chama, representadas pela quantidade de gás consumida durante a aplicação, e, no segundo, usaramse duas aplicações de chama em intervalo de 14 dias, uma aplicação seqüencial (intervalo de sete dias) e aplicação única. As diferentes doses, tanto no primeiro quanto no segundo, foram comparadas com plantas que não receberam nenhum tratamento térmico. Avaliações de injúria foram realizadas aos 1, 3, 7, 10, 14, 17, 21 e 30 após a aplicação dos tratamentos, sendo realizadas também avaliações das biomassas secas das plantas aquáticas remanescentes em cada tratamento, ao final dos ensaios. No primeiro estudo foram observadas reduções significativas na produção da biomassa seca das espécies E. crassipes, B. subquadripara e P. stratiotes tratadas com as maiores doses referentes aos consumos de gás. Doses menores não diferiram estatisticamente da testemunha quanto à produção de biomassa seca, exceção feita para a espécie P. stratiotes. Todas as aplicações seqüenciais proporcionaram redução acima de 90% na produção da biomassa seca de E. crassipes e B. subquadripara. As aplicações seqüenciais e únicas proporcionaram reduções abaixo de 37% na produção da biomassa seca de S. auriculata. Os resultados demonstraram que existe a possibilidade de se utilizar o controle físico através da aplicação de chama como alternativa no manejo de plantas daninhas em ambientes aquáticos.Two trials were carried out to evaluate the effect of flame weeding on Eichhornia crassipes, Brachiaria subquadripara, Pistia stratiotes and Salvinia auriculata. In the first trial, different doses of flame were applied, according to the amount of gas consumed during application. In the second trial, two flame applications (14 day interval between each application), triple flame application (7 day interval between each application) and single flame application were used. Untreated plants were used in both trials as check. Injury was assessed at 1, 3, 7, 10, 13, 17, 21 and 30 days after applications. Dry biomass of survival plants was also obtained at the final experimental period. The first trial results showed a significant reduction in the biomass of E. crassipes, B. subquadripara and P.stratiotes, treated with the highest flame. All the sequential applications provided significant dry biomass reduction (over 90%) in E. crassipes and B. subquadripara. The sequential and single applications provided dry biomass reductions up to 37% in S. auriculata. The results show that it is viable to use flame weeding as an alternative in the management of aquatic environments.

Keywords