Revista CEFAC (Mar 2007)

Condições de produção vocal de professores de deficientes auditivos Quality of voice production in teachers of the hearing impaired

  • Léslie Piccolotto Ferreira,
  • Patrícia Helena Benedetti

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-18462007000100011
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 1
pp. 79 – 89

Abstract

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OBJETIVO: conhecer as condições de produção vocal de professores de alunos surdos, das seis Escolas Municipais de Ensino Especial de São Paulo. MÉTODOS: oitenta professores responderam o questionário proposto por Ferreira et al. (2003). Os dados do grupo que se auto-definiu como tendo, no passado ou no presente, alteração vocal foram cruzados com os do grupo que não fez tal referência (Teste de Correlação de Sperman). RESULTADOS: a população estudada na sua totalidade do gênero feminino e com nível superior completo, com média de idade de 37 anos, considera, na sua maioria, o ambiente de trabalho moderado; está satisfeita com o próprio desempenho na escola; e refere autonomia no planejamento das aulas. Quanto à questão da violência nas escolas, aparece com mais freqüência indisciplina em sala de aula, brigas e problemas com drogas Quanto aos riscos ambientais, mais da metade considera a acústica satisfatória, embora alguns considerem o local ruidoso e com poeira. Quanto aos aspectos gerais de saúde, os professores fazem referência em maior número à dor de cabeça e ansiedade. A maior parte das professoras não fuma, nem consome bebidas alcoólicas e (24) 30% relataram que tem ou tiveram alteração na voz. A maioria percebeu a alteração na voz há menos de dois anos e de forma insidiosa, atribuindo sua causa ao uso intensivo da voz ou pela presença de alergia. CONCLUSÃO: as condições de produção vocal das professoras pesquisadas são semelhantes às encontradas entre professores de alunos ouvintes, porém, apenas 30% fizeram referência à alteração de voz.PURPOSE: to determine voice quality in teachers of deaf students at the six Special Municipal Schools in the city of São Paulo. METHODS: eighty teachers responded to a questionnaire proposed by Ferreira et al. (2003) Information on the group who stated that they currently have or have had in the past any voice alteration was cross-checked with information on the group who did not report such complaint (Spearman Correlation Test). RESULTS: the research population, all female college graduates, with an average age of 37, considers the workplace moderate, is satisfied with their own performance at school, and refers to autonomy in class planning. With regard to the issue of school violence, classroom indiscipline, fight, and drug problems are more often reported. With regard to environmental risks, most consider acoustics satisfactory, although some of them consider the workplace noisy and dusty. With regard to general health issues, teachers most frequently refer to headache and anxiety. Most teachers do not smoke, or drink alcoholic beverages and 30% (24) reported that they have or have had any voice alteration and noticed the voice alteration less than two years ago and in an insidious way and probably caused by the heavy use of voice or presence of allergy. CONCLUSION: voice generation conditions of teachers that responded a questionnaire showed similar results as for those teachers of listening students, even so, only 30% reported voice alteration.

Keywords