Jornal Brasileiro de Pneumologia (Jun 2010)
Novos valores de referência para pressões respiratórias máximas na população brasileira New reference values for maximal respiratory pressures in the Brazilian population
Abstract
OBJETIVO: Comparar PImáx e PEmáx medidas em indivíduos saudáveis com os valores previstos utilizando-se as equações propostas em outro estudo e, se necessário, sugerir novas equações para PImáx e PEmáx para a população brasileira. MÉTODOS: Participaram do estudo 60 homens e 60 mulheres saudáveis com idades entre 20 e 80 anos (20 indivíduos por faixa etária de 10 anos). As pressões respiratórias máximas foram determinadas segundo um protocolo padronizado. RESULTADOS: Os valores medidos de PImáx foram significativamente menores que aqueles previstos tanto para homens (31%) e mulheres (24%). Não houve diferenças significativas entre a PEmáx medida e prevista nos dois gêneros. A idade provou ser a variável com melhor poder preditivo para PImáx e PEmáx nos dois gêneros. Novas equações foram propostas. CONCLUSÕES: As equações propostas no estudo prévio não foram capazes de predizer PImáx e PEmáx de todos os indivíduos de nossa amostra. Portanto, os resultados deste estudo podem facilitar a predição da força muscular respiratória de adultos saudáveis no Brasil. Novos estudos, com indivíduos de diferentes regiões do país, poderão contribuir para o desenvolvimento de melhores tabelas ou equações para as pressões respiratórias máximas na população brasileira.OBJECTIVE: To compare MIP and MEP determined in healthy subjects with those predicted using the equations proposed in another study, and, if necessary, to suggest new equations for MIP and MEP to be used in the Brazilian population. METHODS: The study sample comprised 60 healthy males and 60 healthy females, 20-80 years of age (20 subjects per ten-year age bracket). Maximal respiratory pressures were determined following a standardized protocol. RESULTS: Regarding MIP, the measured values were significantly lower than those predicted for both males (31%) and females (24%). There were no significant differences between measured and predicted MEP in either gender. We found that age presented the greatest power to predict MIP and MEP in both genders. New equations were proposed. CONCLUSIONS: The previously proposed equations were unable to predict MIP and MEP for all of the subjects in our sample. Therefore, the results of this study can facilitate the prediction of respiratory muscle strength in healthy adult subjects in Brazil. Further studies, involving subjects from different regions of the country, could lead to the development of better tables or equations for maximal respiratory pressures in the Brazilian population.
Keywords