Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (Jun 2024)

Fatores associados à insegurança laboral em profissionais de saúde bucal do Sistema Único de Saúde durante a pandemia de COVID-19

  • Raul Anderson Domingues Alves da Silva,
  • Paola Gondim Calvasina,
  • Pollyanna Martins,
  • Ana Karine Macedo Teixeira

DOI
https://doi.org/10.1590/2317-6369/18321pt2024v49e2
Journal volume & issue
Vol. 49

Abstract

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Resumo Objetivos: analisar os fatores associados à insegurança na realização das atividades laborais durante a pandemia de COVID-19 entre profissionais de saúde bucal do Sistema Único de Saúde do Ceará. Métodos: estudo transversal com dados secundários disponibilizados pela Coordenadoria de Atenção à Saúde do Ceará, coletados em maio de 2020. Foram construídos modelos de regressão logística. Resultados: participaram 801 profissionais, dos quais 72,8% eram cirurgiões-dentistas, 73,9% relataram não ter recebido todos os equipamentos de proteção individual (EPI) recomendados e 58,2% relataram não se sentirem seguros para realizar atividades laborais. Na análise ajustada, foram associados à insegurança laboral: maior tempo de formação (RC=1,90; IC95%: 1,12; 3,20), vínculo empregatício efetivo (RC=1,85; IC95%: 1,15; 2,99) e não recebimento de todos os EPI recomendados (RC=1,84; IC95%: 1,16; 2,91); enquanto a chance de insegurança foi menor entre os profissionais que atuavam no nível secundário de atenção à saúde (RC=0,52; IC95%: 0,28; 0,96). Conclusão: os profissionais relataram situação de insegurança laboral durante a primeira onda da pandemia. O estudo revelou a necessidade de melhorias nas condições de trabalho com distribuição de EPI de forma equitativa em todo o estado, garantindo um exercício laboral mais seguro.

Keywords