Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Sep 2005)

Oclusão percutânea das comunicações interventriculares: experiência inicial Interventricular septal defects percutaneous occlusion: initial experiment

  • Francisco José Araújo Chamié de Queiróz,
  • Raul Ivo Rossi Filho,
  • Sérgio Ramos,
  • César Esteves,
  • Daniel Silva Chamié de Queiróz,
  • Paulo Renato Machado,
  • João Carlos Tress,
  • Stella Suzana Horowitz,
  • Helder Paupério,
  • Rosaura Victer

DOI
https://doi.org/10.1590/S0066-782X2005001600005
Journal volume & issue
Vol. 85, no. 3
pp. 174 – 179

Abstract

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OBJETIVO: Avaliar a experiência inicial com o fechamento percutâneo das comunicações interventriculares (CIV), em especial, das CIV perimembranosas (CIVPM) com a nova prótese de Amplatzer. MÉTODOS: Foram submetidos ao procedimento onze pacientes, seis com CIV perimembranosas (CIVPM) e cinco com CIV musculares (CIVM). Dois apresentavam infecções repetidas do trato respiratório e tinham baixo ganho ponderal. Um apresentou história prévia de endocardite infecciosa. Os demais eram assintomáticos e foram selecionados pela ecocardiografia transtorácica (ETT). RESULTADOS: No grupo das CIVM (n=5), um paciente tinha uma CIV apical, dois tinham defeitos médio-septais e dois pacientes apresentavam defeitos múltiplos. Neste grupo, foi utilizada uma prótese de comunicação interatrial (CIA) (Amplatzer Septal Occluder®) e cinco próteses para CIVM (Amplatzer VSD-MUSC Occluder®), sendo que uma mesma paciente recebeu dois dispositivos. Todos os implantes foram bem sucedidos e transcorreram sem complicações. No grupo das CIVPM (n=6), dois tinham aneurismas de septo membranoso. Em 5, identificamos dois pertuitos com angiografia seletiva. Utilizamos próteses de Amplatzer para canal arterial (PCA) (Amplatzer Duct Occluder®) em 1 paciente e próteses específicas para CIVPM nos demais (Amplatzer VSD-MEMB Occluder®). Um oclusor perimembranoso migrou imediatamente depois de liberado, sendo retirado da aorta descendente. Outro paciente apresentou bloqueio atrioventricular total (BAVT), que reverteu após corticoterapia. CONCLUSÃO: O procedimento é tecnicamente complexo e deve ser executado apenas em centros especializados. Apesar disso, mostrou-se seguro e eficaz nos casos selecionados, e pode ser oferecido como alternativa ao tratamento cirúrgico tradicional.OBJECTIVE: To assess the initial experiment with percutaneous closure of interventricular septal defects (IVSD), especially perimembranous IVSD (PMIVSD) with the new Amplatzer prosthesis. METHODS: Eleven patients were submitted to the procedure. Six of them had perimembranous IVSD (PMIVSD) and five with muscular IVSD (MIVSD). Two showed repeated respiratory tract infections and had low ponderal gain. One of them showed a previous history of infectious endocarditis. The others were asymptomatic and were selected through transthoracic echocardiography (TTE). RESULTS: In MIVSD group (n=5), a patient had apical IVSD, two had medioseptal defects and two patients showed multiple defects. In this group, an interatrial septal defects (IASD) (Amplatzer Septal Occluder®) and five prostheses for MIVSD (Amplatzer VSD-MUSC Occluder®), and one patient received two devices. All implants were well-succeeded and went by without complications. In PMIVSD group (n=6), two patients had membranous septal aneurysms. In five, we identified two orifices with selective angiography. We used arterial canal Amplatzer prostheses (ACP) (Amplatzer Duct Occluder®) in 1 patient and specific prostheses for PMIVSD in the others (Amplatzer VSD-MEMB Occluder®). A perimembranous occluder migrated immediately after released, being removed from the descending aorta. Another patient showed total atrioventricular block (TAVB), which reversed after corticotherapy. CONCLUSION: The procedure is technically complex and must be performed only in specialized centers. Despite of that, it showed safe and efficient in the selected cases, and it can be provided as an alternative to traditional surgical treatment.

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