Revista Contexto & Saúde (May 2024)

Avaliação da toxicidade aguda, antitumoral e efeitos inibitórios da inflamação aguda de Drimys brasiliensis (Winteraceae)

  • Mariana Cardoso Oshiro,
  • Alícia de Souza Santos,
  • Alisson Macário de Oliveira,
  • Emanuelle Maria da Silva,
  • Helimarcos Nunes Pereira,
  • Jhonatta Alexandre Brito Dias,
  • Marcela Albuquerque de Oliveira,
  • Marília Gabriela Muniz Arruda,
  • Marcilene Souza da Silva,
  • Simone da Paz Leôncio Alves,
  • Ivone Antônia de Souza

DOI
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2024.48.14659
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 48

Abstract

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O gênero Drimys, pertencente à Família botânica Winteraceae, é amplamente reconhecido e valorizado. Suas espécies têm sido utilizadas na medicina popular para tratar diversos problemas de saúde, como dores gástricas, dor de dente e anemia. Em certas localidades, as folhas secas e as bagas dos frutos são empregadas como condimentos devido ao seu sabor apimentado. O estudo tem como objetivo avaliar o perfil fitoquímico, toxicidade aguda e as atividades anti-inflamatórias e antitumoral do extrato etanólico das folhas de Drimys brasiliensis. Neste estudo, conduzimos uma análise do perfil fitoquímico e a quantificação de compostos fenólicos e flavonoides. Avaliamos a toxicidade aguda, administrando uma dose de 2000 mg.kg-1 em camundongos. Além disso, investigamos a atividade anti-inflamatória por meio de modelos experimentais de edema de pata, peritonite e bolsão de ar, e realizamos um ensaio antitumoral utilizando o modelo de sarcoma 180. A análise cromatográfica revelou a presença das antocianidinas, compostos fenólicos, cumarinas, derivados antracênicos, terpenos, naftoquinonas, saponinas e triterpenos. O extrato demonstrou uma quantidade grande de compostos fenólicos e flavonoides. Observamos uma baixa toxicidade, com uma DL50 superior a 2000 mg.kg-1. Adicionalmente, verificamos que o extrato apresentou inibição de leucócitos e neutrófilos nas doses de 50, 100 e 200 mg.kg-1. No modelo de edema de pata, as concentrações de 100 e 200 mg.kg-1 foram estatisticamente diferentes (p<0,05). No ensaio antitumoral, a dose de 300 mg.kg-1 resultou em inibição tumoral de 64,33%. Em vista desses resultados promissores, é necessário realizar estudos adicionais para compreender melhor a biodisponibilidade e a farmacocinética do extrato vegetal.

Keywords