Revista da Escola de Enfermagem da USP (Jun 2004)
Família e doença mental: a difícil convivência com a diferença Familia y enfermedad mental: la difícil convivencia con la diferencia Family and mental disease: the hard living with the differences
Abstract
Este estudo partiu de reflexões acerca dos movimentos da reforma da assistência psiquiátrica e o processo de desinstitucionalização. Teve como objetivo identificar as representações sociais construídas por familiares acerca do fenômeno saúde-doença mental. Adotou-se o referencial das representações sociais na perspectiva dos pressupostos de Moscovici. Foram entrevistados oito familiares de portadores de transtorno mental. Identificou-se que os familiares explicitam sua não aceitação daquele que se mostra diferente, como núcleo de suas representações sociais. Apontamos para a importância dos profissionais de saúde mental considerarem, em suas intervenções, o saber produzido pelos familiares.Este estudio fue realizado a partir de reflexiones a cerca de los movimientos de la reforma de la asistencia psiquiátrica y el proceso de desinstitucionalización del enfermo mental en el país. Tuvo como objetivo identificar las representaciones sociales construídas por familiares respecto al fenómeno salud-enfermedad mental. Se adoptó como referencial las representaciones sociales en la perspectiva de Moscovici. Fueron entrevistados ocho familiares de portadores de enfermedad mental. El estudio permitió identificar que los familiares manifiestan su no-aceptación de aquel que se muestra diferente, como núcleo de sus representaciones sociales. Resaltamos la importancia de que los profesionales de salud mental consideren en sus intervenciones, el saber producido por los familiares.This study started from the reflections on the Psychiatric Care Reform and the desinstitutionalization process. The goal of this study is to identify the social representations built by the patients' relatives on the mental health-disease phenomenon. For analysis we have adopted the social representation referential through the Moscovici perspective. Eight relatives of the patients were interviewed. We have identified the mentioned relatives, considering those who are really different, as the center of their social representations. We have point out the importance of the mental health professionals to give careful considerations on their interventions, regarding to the knowledge emerged from the report of the patients' relatives.
Keywords