Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Oct 2010)

Frequency of hepatitis B immunity and occupational exposures to body fluids among brazilian medical students at a public university Frequências de imunidade para hepatite B e de exposição ocupacional a fluídos corpóreos entre estudantes de medicina em uma universidade pública brasileira

  • Luiz Carlos Marques de Oliveira,
  • João Paulo Jordão Pontes

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46652010000500005
Journal volume & issue
Vol. 52, no. 5
pp. 247 – 252

Abstract

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In the present study the frequencies of immunity against hepatitis B (HB) and of potentially contaminating accidents among medical students of a Brazilian public university were evaluated. Of all the 400 students who should have been immunized, 303 (75.7%), 66.3% of whom were women, answered an anonymous, self-administered questionnaire. Serum anti-HBs were determined in 205 of them and titers > 10 UI/L were considered to be protective. A total of 86.8% of students had received three doses of HB vaccine. The frequency of immunity among women (96.4%) was higher (p = 0.04) than that among men (87.7%). Among those who did not have immunity, 12/13 (92.3%) had been vaccinated before entering medical school. Only 11% of the students with complete vaccination had previously verified serological response to the vaccine. A total of 23.6% reported having been somehow exposed to blood or secretions. Among final-year students, this frequency was 45.0%, being similar among men (47.8%) and women (43.2%). Of all these accidents, 57.7% were due to body fluids coming in contact with mucosa and 42.3% due to cut and puncture accidents. The results from this study show that: 1) the frequency of immunity against HB is high among the evaluated medical students, although verification of response to vaccination is not a concern for them; 2) anti-HBs titers should be verified after complete vaccination and on a regular basis, especially by men; and 3) the frequency of potentially contaminating accidents is high.Neste estudo avaliaram-se as freqüências de imunidade contra a hepatite B (HB) e de acidentes potencialmente contaminantes em estudantes de medicina de uma universidade pública brasileira. Responderam um questionário anônimo e auto-aplicável 303 de 400 estudantes (75,7%) que já deveriam estar imunizados contra a HB, sendo 66,3% do sexo feminino. Anti-HBs séricos foram determinados em 205 deles e títulos > 10 UI/L foram considerados como protetores. Tinham esquema vacinal completo 86,8% dos alunos. A freqüência de imunidade entre as mulheres (96,4%) foi maior (p = 0,04) do que entre os homens (87,7%). Entre os que não tinham imunidade, 12/13 (92,3%) tinham sido vacinados antes de ingressarem no curso de medicina. Somente 11% dos alunos com vacinação completa tinham, previamente, verificado a resposta sorológica à vacina. Do total de alunos, 23,6% relataram algum acidente potencialmente contaminante, e entre aqueles do último ano esta freqüência foi de 45,0%, sendo semelhante entre homens (47,8%) e mulheres (43,2%). De todos estes acidentes, 57,7% foram com secreções e 42.3% devido a acidentes perfuro-cortantes. Os resultados mostram que: 1) entre os estudantes avaliados é alta a freqüência de imunidade contra a HB, mas a verificação da resposta à vacinação não é uma preocupação entre eles; 2) a verificação dos títulos de anti-HBs deveria ser realizada após o esquema vacinal completo e periodicamente, principalmente entre os homens; e 3) é alta a freqüência de acidentes potencialmente contaminantes.

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