Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Jul 2024)

Anticoagulantes Orais Diretos versus Antagonistas da Vitamina K para Trombo Ventricular Esquerdo: Uma Metanálise com Análise Sequencial de Ensaios

  • Eric Pasqualotto,
  • Douglas Mesadri Gewehr,
  • Rafael Oliva Morgado Ferreira,
  • Matheus Pedrotti Chavez,
  • Caroliny Hellen Silva,
  • Sara Almeida Cruz,
  • Jhonny Limachi-Choque,
  • Amanda Park,
  • Mário Sérgio Soares de Azeredo Coutinho,
  • Luiz Fernando Kubrusly

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20230738
Journal volume & issue
Vol. 121, no. 7

Abstract

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Resumo Fundamento Os antagonistas da vitamina K (AVKs) são o tratamento de primeira linha recomendado para trombo ventricular esquerdo (TVE); entretanto, os anticoagulantes orais diretos (AODs) têm sido considerados uma terapia alternativa. Objetivos Avaliar a eficácia e a segurança dos AODs em comparação com a terapia com AVKs em pacientes com TVE. Métodos PubMed, Embase e Cochrane foram sistematicamente pesquisados em busca de ensaios clínicos randomizados ou estudos de coorte que comparassem AODs versus AVKs para TVE. As razões de risco (RR) foram calculadas para desfechos binários, com intervalos de confiança (IC) de 95%. A significância estatística foi definida como valor de p < 0,05. Resultados Foram incluídos um total de 4 ensaios clínicos randomizados e 29 estudos de coorte, com 4.450 pacientes designados para AODs ou AVKs. Não houve diferença significativa entre os grupos para acidente vascular cerebral ou eventos embólicos sistêmicos (AVC/EES) (RR 0,84; IC 95% 0,65 a 1,07; p = 0,157), acidente vascular cerebral (RR 0,73; IC 95% 0,48 a 1,11; p = 0,140), eventos embólicos sistêmicos (EES) (RR 0,69; IC 95% 0,40 a 1,17; p = 0,166), resolução do trombo (RR 1,05; IC 95% 0,99 a 1,11; p = 0,077), qualquer sangramento (RR 0,78; IC 95% 0,60 a 1,00; p = 0,054), sangramento clinicamente relevante (RR 0,69; IC 95% 0,46 a 1,03; p = 0,066), sangramento menor (RR 0,73; IC 95% 0,43 a 1,23; p = 0,234), sangramento maior (RR 0,87; IC 95% 0,42 a 1,80; p = 0,705) e mortalidade por todas as causas (RR 1,05; IC 95% 0,79 a 1,39; p = 0,752). Em comparação com AVKs, a rivaroxabana reduziu significativamente AVC/EES (RR 0,35; IC 95% 0,16 a 0,91; p = 0,029) e EES (RR 0,39; IC 95% 0,16 a 0,95; p = 0,037). Conclusões Os AODs tiveram uma taxa semelhante de eventos tromboembólicos e hemorrágicos, bem como de resolução do trombo, em comparação com os AVKs no tratamento de TVE. A terapia com rivaroxabana teve uma redução significativa nos eventos tromboembólicos, em comparação com os AVKs.

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