A proximidade entre filosofia e literatura não é nova no pensamento europeu. Embora, à moda de Lukács, possam ser citados romances com “cunho filosófico”, numa espécie de despertar do sono “kantiano” da ingenuidade (Lukács, p.71) – “O romance é a forma da virilidade madura, em contraposição à puerilidade normativa da epopéia” – foi no século XVIII que presenciou, sobretudo na França, a aparição dos mais significativos romances filosóficos.