Entrepalavras: Revista de Linguística do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal do Ceará (Jul 2012)

A categoria peirceana da primeiridade no comercial audiovisual do perfume Flora, da Gucci

  • Eduarda Barbosa DUARTE

Journal volume & issue
Vol. 2, no. 1 esp.
pp. 191 – 206

Abstract

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A Semiótica se constitui como a ciência de toda e qualquer linguagem (SANTAELLA, 1985), seja verbal (oral ou escrita) ou não verbal (gestual, musical, onírica, imagética etc.). Todos nós estamos rodeados por algum tipo de linguagem que comunica e nós mesmos, em certa medida, somos seres de linguagem, tendo em vista que traduzimos, produzimos e transmitimos linguagens. O homem produz sinais ao gesticular, ao falar ou ao escrever e tais sinais – grosso modo – são denominados signos, isto é, códigos verbais e não verbais, símbolos, representações, expressões com os quais o homem se comunica, se manifesta, representa seus pensamentos, exerce seu poder de influência etc. Para Charles Sanders Peirce, que desenvolveu a Semiótica de viés norte-americano, os signos apresentam um caráter triádico, que se relaciona diretamente às três categorias fenomenológicas assim denominadas pelo teórico: primeiridade, secundidade e terceiridade. Essas categorias fenomenológicas, ou peirceanas, estão ligadas, respectivamente, ao caráter de qualidade, de existência e de convenção que os signos carregam. Nosso objetivo, com este trabalho, é apresentar e exemplificar a categoria peirceana primeiridade em um comercial publicitário, já que o universo da publicidade nos bombardeia, através dos mais variados meios de comunicação, com signos corporificados em comerciais. Ao longo deste artigo, assumiremos como referência a leitura e as pesquisas de Lúcia Santaella (1985, 2002, 2010) e de Winfried Nöth (1998, 2010) acerca das teorias da Semiótica de Peirce. O signo analisado será o comercial audiovisual do perfume Flora, da Gucci.

Keywords