Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Jul 2024)

Curva de Aprendizagem da Mortalidade Hospitalar da Substituição da Válvula Aórtica Transcateter: Insights do Registro Nacional Brasileiro

  • Fernando Luiz de Melo Bernardi,
  • Alexandre A. Abizaid,
  • Fábio Sândoli de Brito Jr,
  • Pedro A. Lemos,
  • Dimytri Alexandre Alvim de Siqueira,
  • Ricardo Alves Costa,
  • Rogério Eduardo Gomes Sarmento Leite,
  • Fernanda Marinho Mangione,
  • Luiz Eduardo Koenig São Thiago,
  • José A. Mangione,
  • Valter Correia de Lima,
  • Adriano Dourado Oliveira,
  • Marcos Antônio Marino,
  • Carlos José Francisco Cardoso,
  • Paulo R. A. Caramori,
  • Rogério Tumelero,
  • Antenor Lages Fortes Portela,
  • Mauricio Prudente,
  • Leônidas Alvarenga Henriques,
  • Fabio Solano Souza,
  • Cristiano Guedes Bezerra,
  • Guy F. A. Prado Jr,
  • Leandro Zacaris Figueiredo Freitas,
  • Ederlon Ferreira Nogueira,
  • George César Ximenes Meireles,
  • Renato Bastos Pope,
  • Enio Guerios,
  • Pedro Beraldo de Andrade,
  • Luciano de Moura Santos,
  • Mauricio Felippi de Sá Marchi,
  • Nelson Henrique Fantin Fundão,
  • Henrique Barbosa Ribeiro

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20230622
Journal volume & issue
Vol. 121, no. 7

Abstract

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Resumo Fundamento Dados robustos sobre a curva de aprendizagem (LC) da substituição da válvula aórtica transcateter (TAVR) são escassos nos países em desenvolvimento. Objetivo Avaliar a LC da TAVR no Brasil ao longo do tempo. Métodos Analisamos dados do registro brasileiro de TAVR de 2008 a 2023. Pacientes de cada centro foram numerados cronologicamente em número sequencial de caso (NSC). A LC foi realizada usando um spline cúbico restrito ajustado para o EuroSCORE-II e o uso de próteses de nova geração. Ainda, os desfechos hospitalares foram comparados entre grupos definidos de acordo com o nível de experiência, com base no NSC: 1º ao 40º caso (experiência inicial), 41º ao 80º caso (experiência básica), 81º ao 120º caso (experiência intermediária) e 121º caso em diante (experiência alta). Análises adicionais foram conduzidas de acordo com o número de casos tratados antes de 2014 (>40 e ≤40 procedimentos). O nível de significância adotado foi p <0,05. Resultados Foram incluídos 3194 pacientes de 25 centros. A idade média foi 80,7±8,1 anos e o EuroSCORE II médio foi 7±7,1. A análise da LC demonstrou uma queda na mortalidade hospitalar ajustada após o tratamento de 40 pacientes. Um patamar de nivelamento na curva foi observado após o caso 118. A mortalidade hospitalar entre os grupos foi 8,6%, 7,7%, 5,9%, e 3,7% para experiência inicial, básica, intermediária e alta, respectivamente (p<0,001). A experiência alta foi preditora independente de mortalidade mais baixa (OR 0,57, p=0,013 vs. experiência inicial). Centros com baixo volume de casos antes de 2014 não mostraram uma redução significativa na probabilidade de morte com o ganho de experiência, enquanto centros com alto volume de casos antes de 2014 apresentaram uma melhora contínua após o caso de número 10. Conclusão Observou-se um fenômeno de LC para a mortalidade hospitalar do TAVR no Brasil. Esse efeito foi mais pronunciado em centros que trataram seus 40 primeiros casos antes de 2014 que naqueles que o fizeram após 2014.

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