Boletim GEPEM (Jun 2015)
Práticas visuais com alunos surdos: o visual e o escrito nas aulas de matemática
Abstract
O presente artigo tem por objetivo problematizar uma prática matemática visual realizada em uma escola pública localizada no estado do Rio Grande do Sul, a partir da seguinte questão: quais implicações curriculares emergem das práticas matemáticas visuais produzidas por alunos surdos? Para tal empreendimento, o mesmo apoia-se nos estudos sobre o currículo escolar (SILVA, 2005) em suas interlocuções com a Etnomatemática (KNIJNIK, 2010, 1997; KNIJNIK et al., 2012) e os Estudos Surdos (PERLIN, 2004; THOMA e KRAEMER, 2009; THOMA, 2012). O material de pesquisa foi produzido a partir de uma oficina de frações, intitulada As Frações e o tempo, e excertos de um diário de campo. Os resultados da investigação apontam possibilidades de tornar a Matemática uma disciplina mais próxima da comunidade surda, para que os alunos surdos lidem com esse conhecimento e produzam práticas visuais matemáticas que possam constituir-se em um legado para esses sujeitos.
Keywords