História, Ciências, Saúde: Manguinhos (Dec 2012)

A epidemia do branco e a assepsia das louças na São Paulo da Belle Époque The white epidemic and the asepsis of refined earthenware in Belle Époque São Paulo

  • Rafael de Abreu e Souza

DOI
https://doi.org/10.1590/S0104-59702012000400003
Journal volume & issue
Vol. 19, no. 4
pp. 1139 – 1154

Abstract

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Apresenta reflexões sobre as louças brancas brasileiras em faianças finas e sua relação com a conjuntura dos discursos higienistas em meio aos quais foram pensadas, na cidade de São Paulo do começo do século XX. Analisa os componentes dos vidrados, os processos de expansão por umidade e os aspectos da tecnologia de produção das louças resgatadas no sítio arqueológico Petybon a fim de sugerir que a instalação das fábricas, a produção e o consumo de cerâmicas brancas na cidade se dão também pelo acirramento das políticas de higienização e dos projetos de modernidade das elites paulistanas do período.The article examines Brazilian refined earthenwares known as faiança fina (fine faience) and relates ideas about its production to the contextual backdrop of hygienist discourses in the city of São Paulo in the early twentieth century. Based on an analysis of glaze components, moisture expansion processes, and technological aspects of the production of earthenware recovered from the Petybon archeological site, it is suggested that the establishment of factories and the production and consumption of white ceramics in the city of São Paulo were partially a consequence of the vigorous hygienization policies and modernity projects then advocated by São Paulo's elites.

Keywords